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São Paulo, domingo, 02 de março de 2003

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Livro aborda as origens medicinais do restaurante

Do caldo restaurativo do século 18 ao estabelecimento comercial do século 19, o livro "A Invenção do Restaurante", de Rebecca L. Spang (ed. Record, 392 págs., R$ 43,00, trad. Cynthia Cortes e Paulo Soares,), conta a história dessa invenção parisiense que introduziu uma nova forma de interação social na vida urbana. No princípio, era o caldo de carne: "restaurant" designava, desde o século 15, um preparo medicinal para nutrir doentes crônicos sem agredir seu debilitado sistema digestivo. O "restaurant" diferia dos consomês por sua natureza muito concentrada.
A professora do University College, em Londres, parte de receitas clássicas do caldo milagroso para analisar o restaurante como espaço social e explora "como a gastroculinária tornou-se seu próprio campo de conhecimento; como "gosto" distinguiu-se de "bom gosto'; como a estrutura mítica chamada "gastronomia" tornou-se parte dominante do retrato da Paris "moderna".", nas palavras da autora, contextualizando, assim, a invenção da moderna cultura da comida.


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