São Paulo, domingo, 5 de julho de 1998

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Urbanista foi pioneiro do modernismo

da Redação

Lúcio Costa nasceu em Toulon (França), em 1902. Mudou-se para. Foi um dos pioneiros do pensamento modernista no país e o fundador da escola brasileira de arquitetura e urbanismo.
Em 1930, tornou-se diretor da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, onde promoveu reformas no ensino e combateu o academicismo. Adepto da escola racionalista de Le Corbusier, Costa produziu, junto com Gregori Warchavchik, uma experiência pioneira no campo da construção popular com os "apartamentos proletários" da Gamboa, no Rio.
Em 1936, com a colaboração do próprio Le Corbusier e dos brasileiros Oscar Niemeyer, Affonso Reidy, Jorge Moreira, Carlos Leão e Hernandi Vasconcelos, Lúcio Costa coordenou e projetou o marco da moderna arquitetura brasileira: o atual Palácio Gustavo Capanema, ex-sede do Ministério da Educação e Saúde. Concluído em 1943, foi o primeiro edifício de grande porte (15 andares) no mundo com fachada de vidro. A partir daí, a arquitetura brasileira tornou-se uma referência para o modernismo internacional, ganhando em 1943 uma exposição no MoMA (Museu de Arte Moderna), de Nova York.
Em 1939, Costa desenhou o Pavilhão do Brasil para a Feira Mundial de Nova York, em que também colaboraram Niemeyer e Cândido Portinari. A criação do plano piloto de Brasília veio mais tarde, em 1957, consagrando-o como um dos principais arquitetos deste século.
Doutor "honoris causa" pela Universidade Harvard, Lúcio Costa morreu no mês passado, no dia 13, no Rio de Janeiro.



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