São Paulo, Domingo, 16 de Maio de 1999
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Leyla Perrone-Moisés escreve sobre a atualidade da obra do escritor francês
Balzac novo em folha

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O escritor francês Honoré de Balzac, que nasceu em 20 de maio de 1799 e morreu em 18 de agosto de 1950


LEYLA PERRONE-MOISÉS
especial para a Folha

Passados dois séculos desde seu nascimento, e um século e meio desde sua morte, Balzac resiste com espantoso vigor. Maior responsável pelo êxito do romance como gênero maior desde o início do século 19, o autor da "Comédia Humana" permanece novinho em folha. O tempo passou, a humanidade conheceu as maiores transformações de sua história em termos científicos e tecnológicos, a vida dos homens mudou devido a essas transformações; entretanto ler Balzac é reconhecer, no passado, nosso presente. Um presente tão ou mais preocupante quanto aquele que ele retratou em seu tempo.
Nos dois últimos séculos, Balzac mereceu a atenção de grandes escritores, pensadores e críticos, confirmando sua importância e fixando determinadas leituras de sua obra. Para lembrar apenas alguns daqueles que o admiraram e sobre ele escreveram, podemos citar Victor Hugo, Flaubert, Zola, Dostoiévski, Tolstói, Gorki, Marx, Engels, Proust, Lukács, Curtius, Auerbach, Adorno, Zweig, Blanchot, Barthes, Butor. Alguns juízos se firmaram, tornando-se lugares-comuns da crítica balzaquiana: a criação de um gênero literário que continua sendo imitado ou contestado até os dias de hoje; a acuidade do olhar do romancista sobre a realidade circundante, capaz de captar ao mesmo tempo os grandes conjuntos e os pormenores mínimos; a capacidade de invenção ficcional, insuperável em número de personagens e variedade de intrigas; a importância da obra como documento sociológico e mesmo como fundadora das ciências sociais.
Balzac é aquilo que se pode chamar um monstro literário. Se considerarmos que a "Comédia Humana" se compõe de mais de 80 narrativas, contando histórias diferentes e interligadas, chegamos à seguinte observação, que nos assusta e encanta: se lermos dois livros de Balzac por ano, teremos leitura para mais de 40 anos de nossas vidas! Isso não deve assustar, mas alegrar aqueles que ainda não começaram, porque ler Balzac não é uma tarefa tediosa; muito pelo contrário, seus livros não nos caem das mãos, mas nos prendem desde a primeira frase até a última. Esses livros todos foram escritos num período de 20 anos, o que constitui um feito atlético por si só admirável, não fosse ainda mais admirável a qualidade desses livros.
As qualidades do romance balzaquiano não são definíveis a partir dos parâmetros da alta literatura moderna, nem mesmo de um ponto de vista apenas literário. Balzac é um escritor impuro, imperfeito, desigual, anterior à elevação da escrita literária à categoria de atividade à parte e acima da vida cotidiana, como ocorreria mais tarde com Flaubert e Mallarmé. Ele foi um escritor profissional, no sentido literal da expressão. Encarando a literatura como profissão, criou a "Société des Gens de Lettres" e esboçou a primeira lei francesa de proteção aos direitos autorais. Os objetivos visados por ele, ao se lançar em sua grande empresa literária, nada tinham de transcendente. Eram objetivos muito práticos e pessoais: sair da condição de jovem burguês anônimo, vindo da província, tornar-se conhecido (o que ele conseguiu, acrescentando ao seu nome a partícula nobiliária "de" Balzac e ganhando fama com sua obra), ganhar dinheiro (o que em parte alcançou) e conquistar mulheres da alta sociedade (o que ele realizou, sendo amante de aristocratas e casando-se com uma condessa). Na busca desses objetivos, passou a sua vida às voltas com problemas financeiros e de autopromoção, que o impeliam a escrever abundantemente, até a exaustão final.
Balzac poderia ser uma personagem típica da "Comédia Humana", um Rastignac, por exemplo. Como todos os jovens burgueses do início do século 19, ele era fascinado pela figura de Napoleão, modelo do "self-made man" que conquistou a ascensão social e o poder de forma fulgurante. "O que ele fez com a espada, eu farei com a pena", declarou o jovem escritor, mais atinado do que tantos outros de seus contemporâneos, retratados por Stendhal na figura de Julien Sorel. Enquanto este confiava apenas em seu charme e aspirava somente a um bom casamento, Balzac apostou no caminho burguês do trabalho. Foi como ganha-pão que ele escolheu a literatura, profissão que lhe trouxe mais glória do que dinheiro e que acabou por matá-lo.
Balzac viveu num período de agitação política e grandes transformações sociais, que foi registrando "ao vivo" em sua obra, como um super-repórter. Diferentemente de seus contemporâneos românticos, ele não buscou nenhuma evasão temporal ou espacial, mas fez do que via e vivia a matéria de seus romances. Nascido no ano do 18 Brumário (ascensão de Napoleão ao poder) e morto logo após a Revolução de 1848, ele testemunhou o Império, a Restauração da monarquia e a Revolução de 1830, que efetuou um pacto entre a monarquia formal e a burguesia reinante de fato. Sua primeira obra importante foi publicada exatamente em 1830, quando o ministro do Interior de Luís-Felipe lançava o lema "Enriqueçam!", e seu ministro das Finanças dizia: "O reino dos banqueiros começa". Era o início do período no qual a sociedade teria o dinheiro como valor maior, buscado por todos e por todos os meios, lícitos ou ilícitos. Em "A Prima Bette", Balzac caracteriza o dinheiro como "o único deus moderno no qual se tem fé".
A imensa maioria das histórias de Balzac termina com a vitória dos maus, dos mais fortes e mais espertos, e a derrota das personagens boas e honestas. Na sociedade burguesa que então se redesenhava, ele detectou claramente quais seriam os vencedores e quais os perdedores. Entre os primeiros estão o banqueiro Nucingen, que fez fortuna graças a várias falências programadas, grandes calotes e jogos com papéis podres. Conseguindo burlar as leis e parecendo sempre muito honesto, Nucingen foi ampliando a circulação de seus títulos até "a Ásia, o México e a Austrália, entre os selvagens" ("A Casa Nucingen"). Também são vencedores os políticos manipuladores da nova ordem social (de Marsay), os caça-dotes, os inescrupulosos de toda espécie, os jornalistas venais que se assumem como "vendedores de frases" ("As Ilusões Perdidas"), os advogados que se fazem cada vez mais necessários para garantir fortunas e encobrir falcatruas. Um desses advogados, o eficiente Derville, acaba por se retirar no campo, enojado de tudo o que viu passar por suas mãos: "Escritórios de advocacia são esgotos que ninguém pode limpar" ("O Coronel Chabert"). Entre os perdedores estão todos os que apostaram em sentimentos e ideais: o amor (o Pai Goriot, Eugénie Grandet, Madame de Mortsauf, Paul de Manerville e outros), o conhecimento metafísico (Louis Lambert), a honra militar (o Coronel Chabert), a perfeição artística (o pintor Frenhofer, de "A Obra-prima Desconhecida"). Muitas das vítimas do sistema são mulheres, manipuladas como valores de troca ou sufocadas no casamento, instituição que a Marquesa de Aiglemont define como "uma prostituição legal" ("A Mulher de 30 Anos").
A obra de Balzac é irregular em sua fatura. A "Comédia Humana" foi escrita atabalhoadamente, num ritmo de produção industrial, sem tempo para muitas releituras e revisões. Os estudos recentes de seus manuscritos provam, entretanto, que, como todos os grandes escritores, ele era um eterno insatisfeito, que buscava sempre o aperfeiçoamento, retocando seus manuscritos, as provas e mesmo as páginas já impressas em livro. Mas a pressa de viver e o assédio dos credores o impediam de levar a cabo esse aprimoramento. O que fez com que o perfeccionista Flaubert dissesse dele: "Que formidável escritor ele teria sido, se soubesse escrever!". Mas, acrescentando em off, para os íntimos, que com um gênio e um fôlego como o de Balzac o belo estilo era dispensável.
De fato, muitos foram os críticos que apontaram as fraquezas estilísticas do texto balzaquiano, eivado de chavões do senso comum, de clichês literários, de digressões reveladoras de um verniz cultural bastante ralo etc. Mas mais numerosos e constantes foram os leitores que, como Flaubert, reconheceram a genialidade e a grandeza do conjunto. Apontar as imperfeições de Balzac é como se, ao contemplar o rio Amazonas, fixássemos nossa atenção apenas nos detritos que ele eventualmente carrega; ou como um míope que ficasse olhando de perto um imenso painel composto para ser olhado à distância. O próprio escritor já indicara o que buscava, no prólogo de sua obra: "Assim descrita, a sociedade devia levar com ela as razões de seu movimento".
Embora a leitura crítica de Balzac tenha se renovado e aumentado numa proporção já fora do domínio de qualquer especialista, alguns pontos fixados por seus grandes leitores permanecem imutáveis. Ninguém põe em dúvida a afirmação de Marx e Engels de que ele viu e fixou, melhor do que ninguém, a sociedade resultante da Revolução Francesa, a cidade grande na qual os indivíduos travariam uma luta feroz e amoral pela sobrevivência, a passagem do mundo rural para o mundo industrializado, o novo poder constituído pelo jornalismo, o naufrágio dos valores do Ancien Régime e o predomínio absoluto do dinheiro na nova sociedade burguesa. Entretanto, ator tanto quanto documentarista dessa sociedade, o homem Balzac invejava a velha aristocracia e temia o povo, cujas revoluções perturbavam as novas regras do jogo, dentro das quais ele mesmo pretendia vencer. A personagem principal da "Comédia Humana" é o bandido Vautrin, que joga segundo as regras e termina como chefe da polícia.
O que a crítica tem revisto e nuançado é o famoso realismo de Balzac. O realismo de Balzac não é simplesmente documental, um realismo de representação e reflexo, mas um realismo que intui as razões ocultas dos fatos, e um verismo de artista expressionista, que exagera os traços para arrancar a verdade íntima dos seres.

A "Comédia" oferece adequação estrutural ao hipertexto, foi criada como um conjunto que pode ser abordado em qualquer ponto



Balzac mostrou que as portas do futuro estavam abertas ao domínio do capital e da mídia sobre os destinos dos homens


Muitas das intrigas da "Comédia Humana" são inverossímeis, e algumas francamente fantásticas. As fulminantes reviradas nos destinos de suas personagens, que passam de repente da miséria à opulência ou vice-versa, podem ser exageradas, mas a volatilidade do capital e a submissão de todos às suas regras cruéis estão ali registradas da maneira mais realista. Da mesma forma, suas personagens, muitas vezes estereotipadas em sua total vilania ou em sua imaculada pureza, são animadas por desejos e sofrimentos que reconhecemos como absolutamente verdadeiros e universais.
Contestando a leitura de Lukács, Adorno já apontara, no ensaio intitulado "Leitura de Balzac", que a visão certeira desse escritor não é objetiva, mas apaixonada e épica, muito diversa do racionalismo hegeliano ou comtiano. O realismo de Balzac é um realismo dos processos e não dos fatos imediatos; "não é um realismo primário, mas derivado: um realismo por perda da realidade". Segundo Adorno, trata-se de uma obra épica que não domina mais o objetal que ela busca recolher, e por isso é obrigada a exagerar, a fixar com uma precisão excessiva um mundo que se tornou estranho e intangível. É essa nova objetalidade que faz de Balzac o iniciador e precursor do romance do século 20, nas suas formas experimentais e aparentemente irrealistas. A mesma "rápida visão das coisas", não analítica, mas analógica e intuitiva, característica da modernidade, foi ressaltada por Curtius em seu estudo sobre Balzac. E os procedimentos literários que criam "a ilusão da referencialidade", apontados por Barthes em Flaubert, valem igualmente para Balzac ("O Efeito de Real", em "O Rumor da Língua").
Os críticos franceses mais recentes, autores da numerosa safra motivada pela comemoração do bicentenário, têm concentrado sua atenção nos aspectos negligenciados pelos leitores-críticos do século 19 e da primeira metade do 20. Contrariando a falsa visão de uma obra una e coesa, retroprojetada por Balzac no prólogo tardio e consolidada artificialmente pelos editores e críticos, leitores como Lucien Dälenbach ("La Canne de Balzac", 1996) põem em evidência o aspecto fragmentário, inacabado e "mal-acabado" da obra, que o próprio Balzac caracterizava como um "mosaico", composto de pedaços que o acaso ou a leitura futura se encarregariam de harmonizar, e de restos culturais reciclados, o que aproxima o autor da "Comédia Humana" dos escritores e artistas plásticos de nosso século.
Na Idade Média, Dante concebeu sua "Divina Comédia" como um mundo fechado e completo, cuja hierarquia dependia do comando divino. Na modernidade, a "Comédia" é humana, caótica e imperfeita, sujeita aos desejos individuais que as leis do mercado ou do acaso contrariam. A leitura dessa "Comédia" só pode ser uma leitura aberta, sem chave final. Michel Butor, que desde os anos 50 apontava o caráter experimental da obra de Balzac e sua semelhança com um "mobile" de Calder, acaba de publicar "Improvisations sur Balzac", estudo em três volumes originado em cursos ministrados na Universidade de Genebra entre 1979 e 1990. Butor aí propõe a leitura de um subtexto latente na "Comédia Humana", um subtexto utópico, imaginativo, criador, que deixaria em aberto a possibilidade de o homem se libertar do real opressivo e caótico que a obra descreve. Esse subtexto utópico constituiria o engajamento secreto do escritor, cuja mensagem não poderia ser recebida por seus contemporâneos de forma explícita. A pluralidade da leitura, segundo vários códigos, dentre os quais o hermenêutico, também foi proposta por Barthes em "S/Z" (1970).
Ao avesso das leituras tradicionais, outros críticos recentes têm estudado os primeiros romances (publicados sob pseudônimos), as obras fantásticas e metafísicas, os artigos jornalísticos sobre temas os mais variados, a correspondência com a musa Madame Hanska. As 414 cartas escritas entre 1832 e 1848 revelam os pormenores de uma intriga balzaquiana verídica, a do burguês endividado que busca, por todos os meios, casar-se com uma condessa polonesa e salvar as propriedades da mesma, ameaçadas de confisco.
Uma das iniciativas atuais mais instigantes dos especialistas de Balzac é a digitalização de sua obra e a elaboração de um enorme programa dotado de hipertexto que nos permitirá navegar pela "Comédia Humana". Ora, a "leitura" de Balzac num programa de computador não é apenas um aproveitamento novidadeiro dos recursos da informática, aplicados a uma obra antiga, mas é profundamente coerente com o projeto balzaquiano. A "Comédia Humana" oferece uma adequação estrutural ao hipertexto, por numerosas razões. A obra foi concebida como um conjunto que pode ser abordado em qualquer ponto, cada livro se prestando à leitura autônoma, ao mesmo tempo em que remete a outros (muitas vezes de modo explícito, nas notas de Balzac: "Ver tal outro livro"). As centenas de personagens que aparecem e reaparecem são dotadas de todos os elementos que podem ser reunidos em fichas: nome, data de nascimento, data de aparecimento no texto, dados genealógicos e familiares, traços físicos e sociais, lugar de residência, data de morte.
Isabelle Tournier, uma das participantes do projeto, observa: "Todo pedaço de texto, personagem, lugar, palavra, situação, é o eco virtual de um ou de outros, simétricos, sinônimos, adicionais, que ressoam ao lado, em algum ponto do grande texto da "Comédia Humana". Em Balzac, tudo funciona ao par, ou entra num paradigma. Como janelas na tela, superpostas, mas levemente deslocadas e visíveis, que aparecem alternadamente no primeiro plano, conforme são acionadas, um nome esconde uma história, sua declinação ou sua retomada, uma história remete a outra história, uma origem a outra mais antiga, um segredo a outro mais bem guardado, uma cena chama outra, um lugar revela uma personagem ou vice-versa" ("Balzac-hypertexte", "Magazine littéraire", fevereiro de 1999).
A realização desse programa evidencia a extraordinária potência e a extensíssima memória de que era dotado o cérebro-computador de Balzac, gerador e gerenciador de todas essas informações cruzadas. Tudo nos leva a crer que, se pudesse dispor desses recursos, ele os teria adotado com entusiasmo. Em seu tempo, ele foi dos primeiros a detectar e a utilizar os novos recursos da tipografia, que permitiram à literatura entrar em sua fase de produção industrial e consumo de massa.
Evidentemente, a "navegação" na "Comédia Humana" não substitui a leitura da obra e só tem sentido como auxiliar dessa leitura. Nada impede, porém, que a informatização da obra abra caminho a outras leituras até agora insuspeitadas, já que muitos processos e relações difíceis de captar na leitura corrente desse enorme texto poderão ser postos em evidência. Outra possibilidade, que já se começa a explorar graças à informática, é o rápido e eficiente confronto dos diferentes estados do texto, dos manuscritos às provas e edições corrigidas pelo autor.
Entretanto todas as informações e interpretações jamais explicarão o prazer intenso que a leitura da "Comédia Humana" tem dado a sucessivas gerações de leitores. Esse prazer nos vem, em grande parte, das origens folhetinescas do texto. Atento às possibilidades novas da imprensa diária, Balzac foi o primeiro grande romancista publicado em forma de folhetim. No caso particular da "Comédia Humana", o prazer do leitor é o prazer bisbilhoteiro de conhecer uma multidão de pessoas, todas interessantíssimas quando vistas de perto, de saber de suas vidas, de entrar em suas casas e vasculhar seus guarda-roupas, seus guarda-comidas e suas camas. O que descobrimos é fascinante, embora nada agradável.
Mais do que realista, Balzac foi profético. Sua obra pretendia mostrar os podres da nova sociedade burguesa para pregar uma volta ao passado, aos valores da monarquia, da aristocracia e do catolicismo. Ele reconhecia que o dinheiro era o novo mestre do mundo, mas pensava que uma distribuição mais hábil do mesmo, comandada por uma aristocracia, poderia manter a sociedade em relativa calma. Pelo menos é o que ele declara nas teses explícitas de sua obra. Mas o que ele mostrou, não totalmente à sua revelia (como se pretendeu durante certo tempo), é que essa volta era impossível, que as portas do futuro estavam abertas para o domínio do capital, do mercado e da mídia sobre os destinos dos homens. E esse é o avesso do prazer que ele nos dá: o desprazer de ver o quanto ele estava certo, de quanto sua visão sombria da sociedade francesa do início do século 19 se tem confirmado, em termos globais, até os dias de hoje. A força revolucionária de sua obra permanece assim inteira. Balzac não aponta soluções, mas mostra claramente, para quem quiser ver, as razões e os processos pelos quais esta sociedade assim se constituiu e assim se encontra.


Leyla Perrone-Moisés é professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e autora de "Flores da Escrivaninha" e "Altas Literaturas" (Companhia das Letras), entre outros.



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