São Paulo, domingo, 17 de fevereiro de 2002

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Muitos amigos e colegas meus colecionam o Mais!. Na biblioteca, o suplemento convive com enciclopédias, dicionários e diversos livros. Isso quer dizer que o caderno não pratica um jornalismo descartável, o que por si só fala de sua qualidade.

Silviano Santiago é escritor, poeta e crítico de literatura.

O início do Mais! foi muito promissor, sobretudo por editar e publicar textos fortes, o que contribuiu para estabelecer o caderno. Lembro-me de textos importantes do Francisco Achcar, Antonio Medina, Trajano Vieira, Haroldo e Augusto de Campos, pensadores centrais da língua portuguesa. Depois, por alguma razão, ele se enfraqueceu aqui e ali, sem conseguir manter a potência inicial. Houve uma perda de espaço em relação ao pensamento em língua portuguesa, ocupado por textos traduzidos, comprados de jornais e revistas estrangeiras, até interessantes, mas que já não têm o mesmo impacto.

Julio Bressane é cineasta.

Acho que o imprescindível seria que o caderno continuasse. Quando houve o aniversário dos 80 anos da Folha (em fevereiro de 2001), ouvi muita gente do meio cultural chamar o Mais! de pesadão. Esse "pesadão" é o contrapeso necessário a uma mídia que se torna cada vez mais leve e leviana. Além disso, a parte científica é muito interessante para mim, que venho da área de humanas e me interesso por essas questões. Enfim, o caderno sempre suscitou debates e, no conjunto da imprensa brasileira, tem um papel fundamental a cumprir.

Leyla Perrone-Moisés é professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Feliz "Mais!" Aniversário
Muito me perguntei sobre como ler aquele "!" após a palavra "Mais". Ele certamente interrompe qualquer sintaxe, mesmo em nossas assintáticas listas de publicações. Após ter tido textos publicados no Mais! por cerca de um ano, acredito que o "!" signifique uma experiência muito mais específica: meus textos no Mais! recebem o layout "Mais!" lindo de todos os textos que estou escrevendo; e também produzem "Mais!" reações -a maioria polêmica, algumas vezes entusiásticas, nunca brandas- que qualquer outro material meu que é publicado. É por isso que o Mais! se tornou meu local de publicação "Mais!" querido.

Hans Ulrich Gumbrecht é professor de literatura comparada em Stanford (EUA).

Se faltar algum número da coleção do Mais! aí, podem vir aqui em casa que guardo tudo. Meu problema é gulodice, esse pecado capital: olho os títulos e fico querendo ler tudo, acabo lendo a metade, releio, guardo em cima de um guarda-roupa, dentro de plásticos, porque a tendência do papel jornal é esfarinhar. Outra coisa boa do caderno é que ele divulga vários livros interessantes, nos deixa bem informados sobre o que está saindo.

Tom Zé é músico e compositor.

Eu acho o Mais! ótimo. Quando pego o jornal no domingo, é a primeira coisa que leio. Sou um cientista, mas aprecio muito a parte humanista do caderno. Gostaria de ver mais matérias de ciências. Hoje há apenas a coluna do Marcelo Gleiser, que é ótima, a do José Reis e normalmente uma matéria. Seria interessante ter uma coluna nos moldes da do Gleiser, mas sobre a parte biológica.

Sérgio Danilo Pena é professor de biologia da Universidade Federal de Minas Gerais.


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