São Paulo, domingo, 21 de maio de 2000


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Fragmentos

especial para a Folha

Schlegel escreveu muitos fragmentos sobre Camões. A seleção feita aqui se refere a um período próximo à viagem à França. A datação deles não é inteiramente certa, podendo em alguns casos remontar até mesmo a um período anterior. Todos eles se encontram nos "Fragmentos de Poesia e Literatura" ("KA", vols. 16 e 17). O número do fragmento é indicado entre parênteses. (MS)

"Homero não é propriamente épico, mas mítico. -" (9, 313)

"A métrica portuguesa é a raiz da rima. - A rima é oriental ou moderna? -" (9, 726)

"Houve dois Homeros - um original, outro complementar, e é deste a diferença entre "nóstos" e "aristeía'/ o fim da Ilíada e da Odisséia." - (9, 727)

"A epopéia de Camões ao mesmo tempo "nóstos" e "aristeía" (ao mesmo tempo Odisséia e Ilíada)." (9, 732)

"Camões parece estar inteiramente num ponto de vista mais alto que a poesia espanhola. A poesia portuguesa já é uma síntese da italiana e da espanhola." (9, 812)

"Dante é ainda mais subjetivo que Camões. Em geral, os poetas românticos são muito românticos na epopéia e no drama, isto é, não em demasia, mas de uma maneira que se torna um obstáculo para a epopéia e para o drama. -" (9, 918)

"Camões, no fundo, fantasticamente, romanticamente belo; Dante, sublime à antiga." (9, 931)

"A estança alcançou, no português, o seu supremo acabamento, e também isso só podia ter ocorrido num tal florescimento e flexibilidade da língua." (9, 204)



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