São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2001

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José Simão

Papagaia vira piranha! Cansou de dar o pé!

Buemba! Buemba! Macaco Simão urgente! O braço desarmado da gandaia nacional! Direto do FHnistão! Eu sou do tempo em que pó suspeito era cocaína! Aliás, se pegarem um cara com um pó branco e descobrirem que é cocaína, é um alívio! E diz que o único emprego que cresce no Brasil é digitador do SPC. E aí diz que uma loira vinha na contramão quando o guarda a parou: "Onde a senhora pensa que vai?". "Ai, seu guarda, eu acho que nem vou mais, tá todo mundo voltando." E aí um gay me disse que o Bin Laden não é saudita, é MALDITA! E corre na internet que já saiu uma nova camisinha: bin látex!
E adorei aquele PM no "Cidade Alerta": "Estamos na captura de um elemento de calção, sandália havaiana e cor parda". Ué, eles estão na captura do Brasil inteiro. Prende o Brasil. Pior aquele que entrou no elevador de bermudas, terça-feira, 8h30 da manhã. Aí perguntaram: "Que beleza, hein, tá de férias?". "Não, tô desempregado mesmo." E um amigo meu diz que tem um medidor de crise infalível. É a caixa de correio do condomínio lotada de papéis: "Vendo salgadinhos, apto. A-32". "Faço acupuntura no D-4." "Jogo tarô, leio as mãos, faço faxina, tatuagem, piercing, parto, lustro o carro e vendo jujuba, origami e hambúrguer, C-32." E como disse aquela prostituta: eu também vou abrir o meu negócio. E não tem aquela piranha que largou da vida e abriu uma pizzaria? Ou seja, continuou no ramo da comida!
E aí diz que encontraram um papagaio de minissaia, batom e rodando a bolsinha. "O que aconteceu, louro?" "Ah, cansei de dar o pé." Rarará. Em tempo de guerra tem que ficar contando piada!
E diz que um amigo chegou pro Don Doca FHC Boca de Sovaco: "Eu queria um emprego pro meu filho que tenha muito trabalho e ganhe R$ 1.000 por mês". E o FHC: "Aí tá difícil, porque ele vai ter que fazer graduação, mestrado e doutorado". E a educação está sendo tão maltratada pelo Paulo Renato que uma menina disse: "Mãe, virei prostituta". "Ai, que susto, minha filha, tinha entendido professora substituta." Rarará. E o melhor grito de guerra dos professores em greve é esse: "Educação não se discute, privatize a dona Ruth". E aproveita e privatiza a Miriam Leitão!
Nóis sofre, mas nóis goza. Por enquanto! Que eu vou pingar um míssil do meu colírio alucinógeno!

E-mail: simão@uol.com.br


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