São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 2002

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O Ano Novo gélido de Andersen

Nesta história do dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-75), uma menina, de pés no chão e cabeça descoberta, caminhava pelas ruas numa noite gelada. Dentro de um velho avental carregava alguns fósforos. Ninguém lhe comprara nenhum naquele dia. Luzes brilhavam em todas as janelas, e enchia o ar um delicioso cheiro de ganso assado, pois era véspera de Ano Novo. A menina sentou-se em uma esquina. Suas mãos estavam duras de frio. Para aquecê-las, acendeu um fósforo, que logo se apagou. Ela via as luzes como se fossem estrelas no céu, e uma delas caiu. "Alguém está morrendo", pensou, lembrando-se das palavras da avó morta. Ela riscou outro fósforo e a avó lhe apareceu clara e luminosa. "Vovó!", exclamou, "leva-me contigo! Sei que desaparecerás quando o fósforo se apagar." Na esquina das duas casas, ficou sentada a menina que a morte enregelara na última noite do ano.



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