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Para 37% corrupção é o grande obstáculo para o desenvolvimento do país, que 79% acham muito importante para o mundo
Superpotência em cinco anos
da Redação
O Brasil se tornará no futuro uma superpotência econômica, segundo a opinião de 60% dos entrevistados pelo Datafolha. Outros 30% acham que não, e
10% não souberam responder.
Os mais jovens são um pouco mais céticos (57%) sobre essa projeção, enquanto pessoas com idade acima de 60 anos
são mais confiantes (64%).
Há divergências, nesse caso, entre
aqueles que possuem curso superior e
aqueles que ganham acima de 20 salários
mínimos. Entre os primeiros, só 57%
crêem que o Brasil será uma superpotência (contra 61% dos que têm primeiro
grau e 59% dos que têm o segundo grau).
Já entre aqueles de renda mais elevada,
67% acreditam que o Brasil se tornará
uma superpotência econômica.
Para a maior parte das pessoas (37%) o
Brasil se tornará potência em até 5 anos.
Para 28%, esse prazo será mais dilatado:
entre 5 e 10 anos. Outros 15% acham que
demorará entre 10 e 20 anos, e 16%
acham que levará mais de 20 anos. O percentual de entrevistados que diz acreditar que o Brasil já é uma superpotência
não chegou a 1%.
Contenção masculina
A maior
parte das mulheres crê que o prazo para
o Brasil se tornar superpotência econômica não passa de 5 anos (44%). Os homens são mais contidos: a maior parte
acha que demorará entre 5 e 10 anos
(31%). Conforme aumenta o grau de escolaridade, diminui o otimismo: 47%
dos que têm primeiro grau, 28% dos que
têm segundo grau e apenas 6% dos que
têm curso superior crêem que o Brasil se
tornará uma potência em até 5 anos.
Em contrapartida, aumenta o prazo
conforme é mais elevado o nível de formação: 11%, 18% e 45%, respectivamente, acreditam que o Brasil só se tornará
superpotência depois de 20 anos.
A corrupção é o principal motivo por
que o Brasil não será uma superpotência,
na opinião de 34% dos que não crêem
nessa possibilidade. Em seguida, é apontada a falta de competência do governo
(16%), o desemprego, os políticos (ambos com 10%) e a falta de educação do
povo (8%). Ainda 6% afirmaram que o
Brasil não se tornará potência porque os
EUA impedem.
Importância mundial
O Brasil é
um país muito importante no mundo de
hoje. Isso é o que afirmam 79% dos entrevistados. Para 18% o país tem um
pouco de importância, enquanto para
3% não tem nenhuma importância. Só
1% diz não saber.
À medida que aumenta a faixa etária
dos entrevistados, o Brasil adquire mais
relevo no cenário internacional. Para
aqueles que se situam entre os 16 e 17
anos, o país é muito importante no mundo atual para 67% e tem um pouco de
importância para 31%. Já para os que
têm mais de 60 anos, os percentuais chegam a 84% e 10%, respectivamente.
O Brasil sobressai no cenário mundial
sobretudo para os entrevistados que moram nas regiões Norte e Centro-Oeste
(85%). Apenas 12% consideram que o
país só tem um pouco de importância.
Entre os moradores do Sul o entusiasmo é mais moderado: só 73% crêem que
o Brasil tem muita importância, enquanto 24% acham que tem um pouco.
Tomando como distinção a cor da pele, os entrevistados que atribuíram a si
próprios a cor amarela são os que menos
consideram o Brasil como relevante no
cenário internacional (72%).
O brasileiro é otimista quanto ao futuro de seu país. Para 73%, o país terá mais
importância no cenário internacional,
enquanto apenas 6% crêem que o país
terá menos importância. O país terá a
mesma importância para 19%, e 2% declaram não saber.
Os jovens entre 16 e 17 anos são os mais
reticentes: 65% acreditam que o país adquirirá mais importância. Quase um terço (30%) crê que o status internacional
do país não sofrerá alteração no futuro.
Entrevistados com mais de 60 anos, a
exemplo da pesquisa acima, são os mais
confiantes no futuro: 79% deles acham
que a importância do país aumentará.
Aqueles que ganham acima de 20 salários mínimos e possuem curso superior
são ligeiramente mais otimistas: 78% e
77%, respectivamente, acham que o país
terá mais relevo no cenário mundial.
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