São Paulo, domingo, 23 de junho de 2002

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1902 Nasce no dia 11 de julho, em São Paulo, filho do pernambucano Cristóvam Buarque de Holanda (que trabalhava no Serviço Sanitário do Estado de São Paulo e foi um dos fundadores da Escola de Farmácia e Odontologia, onde lecionou botânica) e da fluminense Heloísa Gonçalves Moreira Buarque de Holanda

1920 Publica seu primeiro artigo, no "Correio Paulistano", por interferência de Afonso de Taunay, ex-professor e amigo de seu pai, que leu o estudo. Sua primeira produção, entretanto, foi musical: a valsa "Vitória Régia", aos 9 anos, publicada no "Tico-Tico"

1921 A família Buarque de Holanda muda-se para o Rio de Janeiro. Sérgio matricula-se na Faculdade de Direito da rua do Catete

1922 É nomeado representante no Rio da revista modernista "Klaxon". Nesses primeiros anos na cidade, conhece Manuel Bandeira, de quem se torna amigo

1924 Funda com Prudente de Morais Neto e Graça Aranha a revista modernista "Estética", que terá só três números. Entrevista Pirandello e Cendrars para "O Jornal", de Assis Chateaubriand. Torna-se amigo de Pedro Nava e Carlos Drummond de Andrade

1925 Forma-se na Faculdade de Direito do Rio

1927 Aceita a proposta de dirigir o jornal "O Progresso", em Cachoeiro do Itapemirim (ES)

1929 Viaja à Europa em missão jornalística, a convite de Chateaubriand, e percorre diversos países durante dois anos, principalmente a Alemanha

1931 Retoma o trabalho em agências telegráficas: Havas, Agência Brasileira, United Press. Dirige a sucursal do "Jornal de Minas" no Rio

1935 Publica na revista "Espelho" um longo estudo intitulado "Corpo e Alma do Brasil"

1936 Publica seu primeiro livro, "Raízes do Brasil", inaugurando a coleção "Documentos Brasileiros", dirigida por Gilberto Freyre, pela ed. José Olympio. Ingressa na Universidade do Distrito Federal como professor na Faculdade de Filosofia, onde leciona, até 1939, cultura luso-brasileira e história da América. Casa-se com Maria Amélia Alvim Buarque de Holanda

1939 Assume o cargo de chefe de seção de publicações do Instituto Nacional do Livro, onde trabalhavam Mário de Andrade e Chico Barbosa, entre outros

1940 Inicia a seção de crítica literária no "Diário de Notícias", que assinará até 1950

1944 Dirige a divisão de consultas da Biblioteca Nacional. Publica "Cobra de Vidro", com críticas literárias

1945 Publica "Monções". Participa do Congresso de Escritores em São Paulo, sendo signatário da "Declaração de Princípios" contra a ditadura. Funda, com outros, a Esquerda Democrática

1946 Transfere-se para São Paulo para dirigir o Museu Paulista. É apresentado como candidato a vereador do Partido Socialista (ex-Esquerda Democrática) para completar o número mínimo de candidatos exigido para a apresentação da chapa

1947 Exerce a presidência da Associação Brasileira de Escritores, seção São Paulo

1949 Profere série de conferências na Sorbonne e participa de três comitês da Unesco em Paris

1950 Assume a seção de crítica literária no "Diário Carioca" e na "Folha da Manhã". É reeleito presidente da seção de SP da Associação Brasileira de Escritores

1953 Assume a cadeira de estudos brasileiros na Universidade de Roma

1955 Retorna ao Brasil e reassume a direção do Museu Paulista. É eleito vice-presidente do Museu de Arte Moderna, mandato que seria renovado nos seis anos seguintes

1957 Assume a cátedra de história da civilização brasileira na Faculdade de Filosofia da USP

1958 Recebe o grau de mestre em ciências sociais na Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo. Presta concurso para a cátedra, com a tese "Visão do Paraíso", que é editada pela José Olympio, em tiragem limitada. No ano seguinte sairá em edição comercial

1960 Planeja e dirige até 1972 a "História Geral da Civilização Brasileira", para a Difusão Européia do Livro. Publica os dois volumes dedicados ao Brasil Colonial

1962 Dirige o Instituto de Estudos Brasileiros da USP até 1964

1965 Vai aos EUA, a convite do governo norte-americano, para realizar conferências nas universidades Columbia e Harvard e em Los Angeles

1968 Aposenta-se na USP, em solidariedade aos professores aposentados compulsoriamente pelo AI-5

1972 Publica o 5º volume do tomo "O Brasil Monárquico" de sua "História Geral": "Do Império à República", o único volume inteiramente escrito por ele

1980 Inscreve-se como membro fundador do PT. Recebe o troféu Juca Pato (Prêmio Intelectual do Ano de 1979) e o Jabuti na categoria "ensaios"

1982 Morre, em São Paulo, no dia 24 de abril



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