São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 2001

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NOTAS:

1. "Capriccio" foi estreada em Munique, em 1942. A música é de Richard Strauss, o libreto de Richard Strauss e Clement Crauss.
2. Nattiez, Jean-Jacques (1971). Esse estudo foi publicado em português no livro "Semiologia da Música", organizado por Maria Alzira Seixo, Lisboa, sem data.
3. Tome-se como referência a seguinte passagem: "A linguagem musical é de um tipo muito diferente da linguagem significante. Nisso reside seu aspecto religioso. O que é dito, no fenômeno musical, é ao mesmo tempo preciso e escondido. Toda música tem por idéia a forma de um nome divino. Prece desmistificada, libertada da magia do efeito, a música representa a tentativa humana, por mais vã que possa ser, de enunciar o próprio nome, em vez de comunicar as significações" (1982, pág. 4).
4. Seria possível inverter o filtro e buscar significações expressivas na música de Boulez, por exemplo. Uma primeira: a expressão da vontade de não-expressão.
5. O livro de Marcel Beaufils encontra-se na coleção "Bibliothèque Internationale de Musicologie". Nessa mesma coleção, outro livro importante: Supicic, Ivo, "La Musique Expressive", Paris, PUF, 1957.
6. Está claro que análises desse tipo ou como aquelas que propõem Combarieu e Beaufils contrariam os fortes preconceitos formalistas do século 20. Os especialistas da música barroca, levados a considerar referências expressivas como componentes inalienáveis da gênese e da compreensão das obras compostas nesse período, foram sensíveis à natureza preconceituosa dessa postura. É assim que Harnoncourt alerta: "Infelizmente, nos foi demasiado explicado que a música que diz "alguma coisa" tem menos valor do que a música "pura", absoluta. Talvez o fato de saber que a música do barroco, e também uma boa parcela do período clássico, é uma música que fala, talvez isso nos levasse a ter uma melhor compreensão da música retórica, se renunciássemos a desprezar a mensagem da música" (Harnoncourt, 1988:155).


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