São Paulo, domingo, 26 de novembro de 2000
 |
 |
|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
trecho "O rápido e confuso surgimento do modernismo no final do século 19 como um movimento cultural amplo e consciente de seu rompimento com a história arrastou a arquitetura em sua esteira em toda a Europa. Mas em nenhum lugar isso foi tão forte quanto em Viena. O motivo não é difícil de perceber: está na grande reconstrução urbana da metade do século, a Ringstrasse. Ali, depois de 1860, o liberalismo austríaco, como costumam fazer os movimentos triunfantes, celebrou em pedra seus valores vitoriosos de "Recht" (direito) ético racional e "Kultur" (cultura) estética histórica. A área da Ringstrasse foi erguida dentro da velha capital imperial como uma Canberra ou Brasília austríacas em meio à vastidão inculta. Num espaço grandioso e homogêneo, concentrou-se um complexo de edifícios públicos monumentais -museus, teatros, sedes da política constitucional etc.- e prédios de apartamentos com características de palácios, para abrigar a elite. Uma ausência gritante nesse modelo de cidade-dentro-da-cidade foi algum lugar para os operários industriais e para a vida de trabalho sobre a qual repousava o poder de seus construtores." Trecho extraído de "Pensando com a História" Texto Anterior: O conflito de gerações da modernidade Próximo Texto: Ponto de fuga: O melhor crítico Índice |
|
|