Valor inicial cai para R$ 1 em fundos do BB

O Banco do Brasil cortou os custos e reduziu o valor mínimo para a primeira aplicação em fundos de investimento voltados para clientes de alta renda. O objetivo é aumentar a concorrência e tornar os fundos mais atraentes em relação à poupança.

Para ter acesso aos melhores benefícios, no entanto, é preciso aderir ao pacote de serviços Bom Para Todos. A tarifa mensal mínima é R$ 6,70, mas trocar de pacote pode ficar mais caro para o correntista em alguns casos.

Esses clientes terão acesso a fundos DI e de renda fixa com taxa de administração de 1% para aplicações a partir de R$ 1 -até então, a porta de entrada era de R$ 50 mil.

"Escolhemos os fundos com mais apelo", disse Carlos Takahashi, presidente da BB DTVM, gestora de recursos do banco.

No BB, a taxa média de administração dos fundos DI era 1,53% antes do corte.

Para Miguel Oliveira, vice-presidente da Anefac, a associação dos executivos de finanças, a taxa de administração de 1% faz esses fundos empatarem com o ganho da poupança no cenário atual de juros básicos de 9%, mas será insuficiente para bater a caderneta com juros em 8,5%, previstos para o fim do mês.

Segundo Dan Conrado, vice-presidente do BB, esses fundos devem melhorar a rentabilidade investindo em papéis de maior ganho.

O BB reduziu em 40% as taxas de administração de oito fundos conservadores, que tinham custo de 2,5% a 3,5% ao ano, considerado elevadíssimo. Esses fundos terão agora taxa de 1,5% a 2,6%, ainda alto para conseguir superar a poupança e a inflação.

Também houve redução nas aplicações mínimas de 18 fundos mais sofisticados, com taxas de 1% a 2%: de R$ 1.000 para R$ 200.

Os dois melhores fundos da categoria, com taxas de administração de 0,5%, continuam pouco acessíveis. O valor mínimo passou de R$ 500 mil para R$ 200 mil.