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Agência bancária futurista na Casa Cor propõe rever qualidade de atendimento

DE SÃO PAULO

Nada de porta giratória, filas extensas, luz fria, ambientes impessoais, muito menos caixas estressados ou gerente querendo vender mais um título de capitalização para bater a meta do banco.

Na Casa Cor São Paulo, exposição anual de decoração, a agência bancária também é design. Parece um lounge futurista, com telas de LCD, em que o cliente é reconhecido por tecnologia biométrica (íris, face e mão) e tem atendimento personalizado.

Uma vitrina virtual exibe produtos financeiros como empréstimos, seguros e consórcio, explicando detalhadamente como funcionam, quais os riscos e os custos e permitindo a simulação de uso e de pagamentos.

Há até um "quiz" de educação financeira em que o cliente pode testar a habilidade para fugir de "pegadinhas".

Para idealizar a "agência-conceito", o publicitário Marcos Cantarino, da agência Cantarino Brasileiro, especializada em marketing financeiro, partiu do diagnóstico de que os bancos explicam mal as tarifas e os produtos oferecidos aos clientes.

Segundo ele, a maioria dos gerentes não sabe dar informação transparente sobre taxas e custos de empréstimos e investimentos, colaborando para manter o clima distante, impessoal e frio do atendimento bancário atual.

"A ideia foi provocar o sistema financeiro e dizer que os bancos precisam rever o modelo de atendimento", diz.

"O banco não precisa ser um lugar frio e impessoal. É um lugar para prestar serviço de qualidade e desenvolver relacionamento", afirma o arquiteto Daniel Kalil.

Para quem quer privacidade, há divisórias transparentes que ficam opacas automaticamente quando o cliente se aproxima do terminal de autoatendimento. A tecnologia também dificulta fraude.

O cliente pode ser atendido por meio de videoconferência, utilizando monitores de 40 polegadas, pela pessoa mais qualificada do banco para serviços especializados.

A técnica é parecida com a telemedicina, que permite que médicos especialistas acompanhem cirurgias em localidades remotas. A Casa Cor vai até 22 de julho, no Jockey Club, em São Paulo.

(TONI SCIARRETTA)

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