Ouro e Bolsa lideram aplicações em agosto

Ouro e Bolsa foram as melhores aplicações em agosto, segundo mês de melhora lenta na crise europeia.

Agosto foi também o segundo mês de bom desempenho na Bolsa, que teve alta de 1,72%. Em julho, já tinha subido 3,21%, mas patina no ano, com 0,54%.

"A Bolsa continuou melhorando em agosto, mas vimos que é ainda uma reação muito lenta. Os preços das ações estão baixos, mas as incertezas persistem", disse Fabio Colombo, administrador de investimentos.

O melhor desempenho em agosto foi o do ouro, opção ainda difícil para o pequeno investidor, com alta de 2,74%.

Também foi destaque o euro. Os investidores estão mais otimistas com as negociações encampadas pelo BCE (Banco Central Europeu) para defender a moeda europeia,

Na renda fixa, a velha poupança segue imbatível com rendimento de 0,51% líquido de Imposto de Renda. Mesmo assim, perdeu para a inflação.

Já a nova poupança, que teve o rendimento rebaixado para 70% da taxa Selic, agora em 7,5% ao ano, deu 0,47% em agosto para o investidor.

Quem aplicou em fundo DI teve 0,65% bruto -0,50% a 0,55% líquido, dependendo do prazo de resgate.

A surpresa ficou para os fundos de renda fixa, que aplicam em títulos antigos prefixados com taxas elevadas. Com a queda nos juros, o valor desses papéis subiu e aumentou o rendimento das aplicações prefixadas.

Os fundos DI subiram 1,07% no mês -de 0,83% a 0,90% após o desconto do IR.

Para setembro, a expectativa dos analistas é que há espaço para mais recuperação na Bolsa, mas as aplicações que rendem juros devem cair e podem perder da inflação.

"Quem está aplicando em fundo DI, CDB ou poupança vai ter juros reais quase nulos. Em muitos casos, negativos, dependendo das taxas", disse Mauro Halfeld, professor da UFRJ. (TONI SCIARRETTA)