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ENTREVISTA
Mudanças são
necessárias, diz executivo da Vale
DA ENVIADA A SUDBURY
Apesar da última suspensão das negociações com os
grevistas, Cory McPhee, vice-presidente corporativo
da Vale no Canadá, diz que
as mudanças que a empresa
buscava sobre aposentadoria e bônus já foram aceitas
e são necessárias para manter as operações em Sudbury "sustentáveis".
Folha - Qual era exatamente
o prejuízo antes de 2009?
Cory McPhee - Temos
uma situação única em
Sudbury, pois as minas
operam continuamente há
mais de cem anos. Requerem muitos investimentos
só para continuar funcionando. Custos trabalhistas
são provavelmente a parte
mais significativa dos custos, seguidos de energia.
Queremos melhorar a
produtividade em Sudbury
e, após comparações com
outras operações, sabemos
que há espaço para isso.
Mas podemos fazê-lo sem
prejuízo aos trabalhadores.
O que a Vale oferece agora?
Temos uma boa oferta,
que inclui aumento, melhorias na aposentadoria e
oportunidades de bônus.
As mudanças que queríamos fazer no bônus do níquel não eram para cancelá-lo, mas para torná-lo
mais atrelado ao desempenho dos negócios e ao preço
do material.
O sindicato cita lucro de US$
4,1 bilhões. O sr. confirma?
Não, mas, de toda forma,
nos dois primeiros anos
após a aquisição da Inco, o
preço do níquel atingiu recorde. Quando a crise começou, percebemos que
não teríamos um superciclo
como esse de novo. Desde o
ano da greve (2009) perdemos dinheiro em Sudbury.
Todos têm que entender
que só porque há uma greve
não significa que as pessoas
não serão responsabilizadas. Há pessoas que danificaram propriedade privada, bloquearam acessos,
ameaçaram pessoas, desafiando ordem judicial.
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