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PARAÍSOS FISCAIS
Operação com empresa de regime
fiscal especial terá tributo maior
DE BRASÍLIA - A Receita Federal
vai aumentar a tributação incidente sobre operações feitas
entre empresas brasileiras e
companhias enquadradas em
regimes fiscais especiais em
países como Estados Unidos,
Uruguai e Espanha.
Esses regimes preveem impostos menores e sigilo sobre
os proprietários da empresa.
O governo incluiu ainda a
Suíça e outros 13 países na lista de nações consideradas paraísos fiscais, onde o imposto é
menor e a composição da empresa é sigilosa.
Transações entre empresas
brasileiras e as de nações dessa lista também serão tributadas de maneira diferente: a alíquota para remessa de lucros
sobre ganhos de capital ou para o pagamento de algum serviço, por exemplo, passa de
15% para 25%.
"[As empresas] estão utilizando paraísos fiscais para facilitar o planejamento tributário. Isso significa o não pagamento de impostos", afirmou
o secretário da Receita, Otacílio Cartaxo.
No caso dos EUA, a tributação diferenciada só valerá para operações com empresas
chamadas LLC (Limited Liability Company) -que podem
ser abertas pela internet e não
sofrem tributação quando o
dono mora fora do país.
É a primeira vez que a Receita estabelece tributação diferenciada para os chamados regimes fiscais privilegiados
-que se assemelham a ilhas
de paraíso fiscal dentro de um
país. Até agora, isso só era válido para as nações consideradas paraísos fiscais como um
todo, como Ilhas Cayman e
Emirados Árabes.
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