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Brasil é exemplo de reação dos jornais, afirma revista
É preciso esforço para achar sinal de crise no setor no país, diz "The Economist"
Alemanha também é apontada como um dos países onde os jornais
estão apresentando
melhores resultados
Winfried Rothermel - 31.mai.10/Associated Press
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Banca de jornais em Friburgo, na Alemanha, onde empresas jornalísticas vêm registrando bons resultados financeiros
DE SÃO PAULO
O pior da crise global dos
jornais (resultado da grave
recessão que abateu o mundo) parece já ter passado, e o
Brasil, ao lado da Alemanha,
aparece como um dos principais exemplos da retomada
do setor, diz a "Economist".
Segundo a revista britânica, em países emergentes como o Brasil, é preciso se esforçar muito para encontrar
sinais de que houve alguma
crise nos jornais. "No Brasil,
a [receita com] publicidade
oscilou apenas levemente
durante a recessão."
Além disso, relembra que
a circulação diária dos jornais no país hoje é cerca de
1 milhão de exemplares
maior do que em 1999.
Outro exemplo usado pela
"Economist" é a Alemanha,
onde a Axel Spring, que publica jornais como "Bild" e
"Die Welt", teve, no primeiros três meses deste ano, o
melhor resultado trimestral
da sua história, com aumento de 27% no lucro.
Para o presidente-executivo do grupo alemão, Mathias
Döpfner, se os jornais estão
em crise, ele gosta de crise.
"O jornal impresso vai viver
mais tempo do que as pessoas imaginam."
Mesmo nos Estados Unidos, onde a crise no setor foi
mais forte, há sinais considerados positivos, como o fato
de a maioria deles ter atravessado o período de turbulência sem fechar as portas.
"Empresas jornalísticas
americanas como McClatchy
se mantiveram lucrativas
mesmo quando as receitas
caíram. Algumas companhias hoje valem até dez vezes mais do que na primavera
de 2009 [no hemisfério Norte], ainda que permaneçam
longe dos níveis pré-recessão", afirma a revista.
Para a "Economist", os donos de jornais estão mais voltados aos consumidores,
procurando encontrar nichos e focando seus investimentos nessas áreas.
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