São Paulo, sábado, 12 de junho de 2010

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Brasil é exemplo de reação dos jornais, afirma revista

É preciso esforço para achar sinal de crise no setor no país, diz "The Economist"

Alemanha também é apontada como um dos países onde os jornais estão apresentando melhores resultados

Winfried Rothermel - 31.mai.10/Associated Press
Banca de jornais em Friburgo, na Alemanha, onde empresas jornalísticas vêm registrando bons resultados financeiros

DE SÃO PAULO

O pior da crise global dos jornais (resultado da grave recessão que abateu o mundo) parece já ter passado, e o Brasil, ao lado da Alemanha, aparece como um dos principais exemplos da retomada do setor, diz a "Economist".
Segundo a revista britânica, em países emergentes como o Brasil, é preciso se esforçar muito para encontrar sinais de que houve alguma crise nos jornais. "No Brasil, a [receita com] publicidade oscilou apenas levemente durante a recessão."
Além disso, relembra que a circulação diária dos jornais no país hoje é cerca de 1 milhão de exemplares maior do que em 1999.
Outro exemplo usado pela "Economist" é a Alemanha, onde a Axel Spring, que publica jornais como "Bild" e "Die Welt", teve, no primeiros três meses deste ano, o melhor resultado trimestral da sua história, com aumento de 27% no lucro.
Para o presidente-executivo do grupo alemão, Mathias Döpfner, se os jornais estão em crise, ele gosta de crise. "O jornal impresso vai viver mais tempo do que as pessoas imaginam."
Mesmo nos Estados Unidos, onde a crise no setor foi mais forte, há sinais considerados positivos, como o fato de a maioria deles ter atravessado o período de turbulência sem fechar as portas.
"Empresas jornalísticas americanas como McClatchy se mantiveram lucrativas mesmo quando as receitas caíram. Algumas companhias hoje valem até dez vezes mais do que na primavera de 2009 [no hemisfério Norte], ainda que permaneçam longe dos níveis pré-recessão", afirma a revista.
Para a "Economist", os donos de jornais estão mais voltados aos consumidores, procurando encontrar nichos e focando seus investimentos nessas áreas.


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