São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 2011

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Queixas na web inspiram cautela, diz advogado

DE SÃO PAULO

São vários os casos de reclamação de consumidores que ganharam as redes sociais e ficaram famosos.
O mais recente foi uma queixa feita no Twitter, no Facebook, e com vídeo postado no YouTube no mês passado, de uma proprietária insatisfeita com um carro da Renault, que reclamava de defeito no automóvel e da negligência da empresa em reparar ou trocar o veículo, mesmo dentro do prazo de garantia.
Victor Haikal, advogado especializado em direito digital do escritório Patricia Peck Pinheiro, destaca que as redes sociais na internet têm sido cada vez mais usadas por clientes para pressionar as empresas e fazer valer seus direitos.
Mas Haikal faz um alerta: o consumidor precisa estar atento à forma de reclamar.
"Ele não pode perder de vista que o objetivo da manifestação é assegurar que seu direito seja respeitado e atendido, e não se vingar da empresa", afirma.
Assim, palavras de baixo calão e ofensas contra a companhia devem ser evitadas, mesmo quando há raiva e frustração.
"Caso contrário, pode haver brecha para que a empresa ofendida até acione judicialmente a pessoa por abuso do direito do consumidor", completa.
No caso da reclamação contra a Renault, a companhia conseguiu na Justiça uma liminar para que o conteúdo do site criado pela cliente seja retirado do ar.
Em nota, a empresa afirma que "continua a manter contato com a consumidora, na busca de uma solução conciliadora".
E diz que agendou "para a próxima semana" um encontro "entre representantes da empresa e os da consumidora".
Em janeiro, um consumidor conseguiu trocar uma geladeira Brastemp com defeito por uma nova, depois de 90 dias de contenda com a empresa. Sua campanha no Twitter, "A Brastemp não é uma Brastemp", que incluía um vídeo, ganhou repercussão entre os internautas. (CM)

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