|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Fundador é herói de imigrantes e vilão para feministas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE LOS ANGELES
Herói para os imigrantes,
vilão para as feministas, certamente excêntrico para os
acionistas.
Dov Charney, fundador e
presidente-executivo da
American Apparel, já foi acusado de assédio sexual por
três ex-funcionárias e de conduzir reuniões só de cueca.
Tal disposição para chocar
pode ser conferida nas fotografias que ele usa (e às vezes
protagoniza) para as campanhas publicitárias da empresa, quase sempre com jovens
modelos de lingerie, de maneira meio amadora.
Em setembro, um anúncio
foi proibido na Inglaterra
porque a garota da vez aparentava ser menor de idade.
No mesmo ano, também perdeu um processo de indenização de US$ 5 milhões por
uso indevido num outdoor
de uma imagem de Woody
Allen (vestido).
Já para os imigrantes Charney é um batalhador da causa. Nascido no Canadá, ele
participa de protestos públicos e fez uma campanha pela
anistia dos imigrantes ilegais, com camisetas com o
slogan "Legalize LA" (legalize Los Angeles), até hoje vendidas em suas lojas.
Mais tarde, fez outra série
com "Legalize Gay", a favor
dos casamentos.
A rede é conhecida por pagar até US$ 12/hora na fábrica, incluindo benefícios, enquanto outras grandes varejistas usam mão de obra fora
do país, em regiões como
China, onde operários não
recebem nem US$ 1/hora.
A American Apparel se orgulha de ser "made in USA",
frase colada nas vitrines.
Além de conquistar revistas de moda, caiu nas graças
dos ambientalistas ao promover o uso de energia solar,
algodão orgânico e reciclagem de restos de tecidos,
além de doar camisetas para
instituições de caridade.
Em 2005, promoveu um
evento para ajudar as vítimas
do furacão Katrina, levando
mulheres de biquíni para lavar carros.
(FE)
Texto Anterior: Rede de roupas fashion vive polêmica Próximo Texto: Lula pressiona a Câmara para concluir a votação do pré-sal Índice
|