São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010

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Crédito do BB cresce com menos força

Aumento da concorrência teve impacto na carteira no 3º trimestre; lucro cresceu 33%, para R$ 2,6 bilhões

Carteira de crédito avançou 4,1% no trimestre em relação ao trimestre anterior e chegou a R$ 339,8 bi

GABRIEL BALDOCCHI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O acirramento da competição no mercado de crédito impactou o crescimento da carteira do Banco do Brasil.
O percentual de avanço em relação ao trimestre anterior caiu de 6,9% no segundo trimestre para 4,1% no terceiro trimestre.
Apesar disso, a carteira total de crédito chegou a R$ 339,8 bilhões e deu a maior contribuição para o avanço de 32,7% no lucro apurado no trimestre, de R$ 2,6 bilhões.
"A competição naturalmente aumentou porque os bancos que não tiveram uma performance tão grande em 2009 estão tentando retomar o "market share" perdido no período", afirmou o vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com os Investidores, Ivan Monteiro.
O banco aposta em melhores custos de captação e no relacionamento com os clientes para garantir a liderança nas operações de crédito. A participação do BB é de 20% do mercado.
"O bolo vai crescer como um todo e nós vamos manter nossa fatia. O ambiente está propício", completou.
Para ele, o banco soube aproveitar as oportunidades durante a crise. Desde a época, a empresa instituiu o segmento de pessoas físicas como uma das prioridades. O movimento foi intensificado com a compra do Banco Votorantim e da Nossa Caixa.
A carteira para pessoas físicas cresceu 6,2% no trimestre, para R$ 107,4 bilhões. O valor representou 31,6% da carteira total e a segunda posição do mercado, atrás do Itaú Unibanco.
Os destaques no segmento foram a alta de 11,1% no financiamento de veículos, que chegou a R$ 25,3 bilhões, e o crescimento de 4,2% no consignado, para R$ 42,2 bilhões.
O Banco do Brasil também quer crescer no crédito imobiliário. A meta é terminar o ano com carteira de R$ 3 bilhões. Apesar do crescimento de 90,2% no trimestre, o valor não representa fatia relevante da carteira total, com R$ 2,5 bilhões.

INADIMPLÊNCIA
O indicador de inadimplência, medido pelas operações vencidas há mais de 90 dias, manteve-se estável no trimestre em 2,7%. Monteiro acredita que o bom momento da economia resultará em maior queda no indicador.
O banco reduziu em 9,5% as despesas com provisões de créditos duvidosos no trimestre na comparação com o mesmo período de 2009. O recuo impacta positivamente o resultado do banco.
A melhora da inadimplência e o aumento nas operações de menor risco levaram a administração a rever a projeção para as despesas com provisões de crédito duvidosos em 2010. O nível máximo previsto caiu de 4,8% para 3,9% nas despesas no total da carteira de crédito.


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