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Crédito do BB cresce com menos força
Aumento da concorrência teve impacto na carteira no 3º trimestre; lucro cresceu 33%, para R$ 2,6 bilhões
Carteira de crédito avançou 4,1% no trimestre em relação ao trimestre anterior e chegou a R$ 339,8 bi
GABRIEL BALDOCCHI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O acirramento da competição no mercado de crédito
impactou o crescimento da
carteira do Banco do Brasil.
O percentual de avanço
em relação ao trimestre anterior caiu de 6,9% no segundo
trimestre para 4,1% no terceiro trimestre.
Apesar disso, a carteira total de crédito chegou a R$
339,8 bilhões e deu a maior
contribuição para o avanço
de 32,7% no lucro apurado
no trimestre, de R$ 2,6 bilhões.
"A competição naturalmente aumentou porque os
bancos que não tiveram uma
performance tão grande em
2009 estão tentando retomar
o "market share" perdido no
período", afirmou o vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações
com os Investidores, Ivan
Monteiro.
O banco aposta em melhores custos de captação e no
relacionamento com os
clientes para garantir a liderança nas operações de crédito. A participação do BB é
de 20% do mercado.
"O bolo vai crescer como
um todo e nós vamos manter
nossa fatia. O ambiente está
propício", completou.
Para ele, o banco soube
aproveitar as oportunidades
durante a crise. Desde a época, a empresa instituiu o segmento de pessoas físicas como uma das prioridades. O
movimento foi intensificado
com a compra do Banco Votorantim e da Nossa Caixa.
A carteira para pessoas físicas cresceu 6,2% no trimestre, para R$ 107,4 bilhões. O
valor representou 31,6% da
carteira total e a segunda posição do mercado, atrás do
Itaú Unibanco.
Os destaques no segmento
foram a alta de 11,1% no financiamento de veículos,
que chegou a R$ 25,3 bilhões,
e o crescimento de 4,2% no
consignado, para R$ 42,2 bilhões.
O Banco do Brasil também
quer crescer no crédito imobiliário. A meta é terminar o
ano com carteira de R$ 3 bilhões. Apesar do crescimento
de 90,2% no trimestre, o valor não representa fatia relevante da carteira total, com
R$ 2,5 bilhões.
INADIMPLÊNCIA
O indicador de inadimplência, medido pelas operações vencidas há mais de 90
dias, manteve-se estável no
trimestre em 2,7%. Monteiro
acredita que o bom momento
da economia resultará em
maior queda no indicador.
O banco reduziu em 9,5%
as despesas com provisões
de créditos duvidosos no trimestre na comparação com o
mesmo período de 2009. O
recuo impacta positivamente
o resultado do banco.
A melhora da inadimplência e o aumento nas operações de menor risco levaram
a administração a rever a
projeção para as despesas
com provisões de crédito duvidosos em 2010. O nível máximo previsto caiu de 4,8%
para 3,9% nas despesas no
total da carteira de crédito.
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