São Paulo, sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

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Juros para consumo e veículos sobem com medidas do BC

Taxa do crédito pessoal subiu para 43,2% ao ano e dos automóveis foi a 23% ao ano

EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

As taxas de juros do crédito pessoal e financiamento de veículos subiram no início de dezembro, mês em que o Banco Central anunciou uma série de medidas para reduzir prazos e recursos para o financiamento ao consumo.
Pesquisa do BC mostra que a taxa média do crédito pessoal, incluindo empréstimos consignados, subiu de 42% para 43,2% ao ano nos primeiros nove dias do mês.
A maior parte da alta se deve ao "spread" bancário, que embute risco, despesas e o ganho dos bancos, que subiu 0,8 ponto percentual.
Nos financiamentos de veículos, a alta foi menor, de 22,8% para 23% ao ano, apesar da estabilidade no "spread". No cheque especial, os juros caíram.
Na média, as taxas para pessoas físicas e empresas ficaram praticamente estáveis. Houve queda no "spread", mas aumentou o custo de captação dos bancos, puxado desde agosto pela expectativa de elevação da taxa básica de juros em 2011.
O BC diz que é cedo para avaliar se já houve impacto das medidas de restrição a empréstimos com mais de 24 meses e da retirada de R$ 61 bilhões da economia.
Em novembro, a taxa para o consumidor havia recuado para 39,1% ao ano, menor patamar da série iniciada em 1994. A queda se deve ao aumento da participação do crédito consignado, que tem juro menor, no total.
A inadimplência recuou para 5,9%, a menor taxa desde junho de 2001. A taxa média de juros para as empresas também caiu, apesar da alta na inadimplência.

BANCOS PÚBLICOS
Os bancos estatais devem manter a liderança no crédito em 2011.
O Banco Central estima uma expansão de 15% na carteira dos bancos públicos e de 14% nos privados nacionais. A taxa de crescimento esperada para o fechamento de 2010 é a mesma nos dois segmentos (22%).
O BC revisou a estimativa para a relação crédito/PIB para 47% em 2010. Para 2011, foi mantida a expectativa de atingir o patamar de 50%.
Em novembro, o volume total de empréstimos atingiu R$ 1,68 trilhão, ou 46,3% do PIB, crescimento de 16,5% em 12 meses.


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