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País tem consumo recorde de aço graças à importação
DO RIO
O consumo recorde de produtos siderúrgicos no Brasil
em 2010 não se traduziu numa produção igualmente recorde das usinas instaladas
no país, já que a desvalorização do dólar provocou uma
invasão de importações, que
cresceram 154% neste ano,
segundo projeção do IABr
(Instituto Aço Brasil).
Ou seja, a maior parte do
crescimento da demanda foi
atendida pelo mercado externo. A produção doméstica
também aumentou, mas
num ritmo mais moderado:
25%. Apesar da expansão, a
fabricação de aço no país somou 33,1 milhões de toneladas, abaixo do recorde de
33,7 milhões de 2008, ano
pré-crise.
O chamado consumo aparente de aço (produção doméstica acrescida de importações e descontadas as exportações) registrou expansão de 44% ante 2009 e de
11% na comparação com
2008.
O crescimento das importações de aço tem como origem não apenas a queda do
dólar, que barateia o aço produzido no exterior. Reflete
também um excesso de capacidade das usinas instaladas
na Europa e na Ásia, com exceção da China.
"No pós-crise, a América
Latina passou a atrair volumes crescentes de exportações e isso foi percebido claramente no Brasil. O recorde
de consumo infelizmente
não significou recorde de
produção de aço no país,
mesmo com sobra de capacidade", afirmou o presidente
do Conselho Diretor do IABr,
André Gerdau Johannpeter.
Enquanto as vendas internas de aço cresceram 30%,
as exportações subiram apenas 1% em 2010.
Para o ano que vem, o IABr
estima um crescimento de
6% no consumo de aço. Entretanto, o órgão não fez previsões para exportações, importações e produção doméstica em razão das incertezas quanto à evolução do
câmbio e dos excedentes de
oferta de outros países.
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