São Paulo, quinta-feira, 28 de outubro de 2010

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Renault quer ampliar as vendas para consumidores da classe C

CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

Quinta colocada no ranking de venda de carros no Brasil, a montadora francesa Renault quer ampliar sua participação no mercado brasileiro produzindo carros que atraiam os consumidores da classe C.
"O crescimento do Brasil está associado ao da classe C, que tem cada vez mais acesso a veículos no país. Nossa preocupação maior é como conquistar clientes nessa faixa que não estão acostumados a ter carro zero", afirmou Denis Barbier, diretor da fabricante francesa para a região das Américas.
"Já atendemos os clientes das classes A e B. Temos capacidade para aumentar a produção em nossa fábrica e estamos trabalhando em produtos adaptados [para atender as necessidades dos consumidores]."
O carro mais barato vendido hoje pela montadora no Brasil é o Clio, importado da Argentina, por R$ 23,9 mil.
Sem revelar detalhes de futuros lançamentos da marca, o executivo apenas confirma que serão necessários novos investimentos para o Brasil, além do R$ 1 bilhão anunciado no final do ano passado para o período até 2013."Em dois ou três anos teremos de dar sequência ao plano já anunciado", disse Barbier, ao se referir a investimentos feitos na fábrica de São José dos Pinhais, onde são produzidos os modelos Sandero, Logan e Mégane Grand Tour.
No acumulado de janeiro a setembro deste ano, a montadora vendeu 110 mil carros de passeio e utilitários (comerciais leves), o que representa aumento de 32% em relação a igual período do ano passado. E pretende fechar o ano com 158 mil unidades vendidas.
Preocupado com o avanço dos asiáticos no Brasil, Barbier foi conferir de perto os lançamentos feitos pelas nove marcas chinesas que estão no Salão Internacional do Automóvel acompanhado de engenheiros da Renault.
"Encaro como uma ameaça. Não podemos subestimar o que as montadoras chinesas podem fazer. Acho que há produtos sérios que atendem a necessidade da clientela", disse o diretor.
Segundo Barbier, os chineses têm pela frente duas questões para enfrentar: a qualidade inferior em seus veículos e a alta carga tributária para trazer os carros ao país. "O nosso trunfo em relação à concorrência chinesa é a qualidade."
A opinião do presidente da Renault no Brasil, Jean-Michel Jalinier é a mesma: "Brasil é o quarto maior do mundo e atrai a atenção de todos. Quem já está no país tem de dar um passo à frente para enfrentar a concorrência".


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