|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Renault quer ampliar as vendas para consumidores da classe C
CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO
Quinta colocada no ranking de venda de carros no
Brasil, a montadora francesa
Renault quer ampliar sua
participação no mercado
brasileiro produzindo carros
que atraiam os consumidores da classe C.
"O crescimento do Brasil
está associado ao da classe C,
que tem cada vez mais acesso
a veículos no país. Nossa
preocupação maior é como
conquistar clientes nessa faixa que não estão acostumados a ter carro zero", afirmou
Denis Barbier, diretor da fabricante francesa para a região das Américas.
"Já atendemos os clientes
das classes A e B. Temos capacidade para aumentar a
produção em nossa fábrica e
estamos trabalhando em
produtos adaptados [para
atender as necessidades dos
consumidores]."
O carro mais barato vendido hoje pela montadora no
Brasil é o Clio, importado da
Argentina, por R$ 23,9 mil.
Sem revelar detalhes de futuros lançamentos da marca,
o executivo apenas confirma
que serão necessários novos
investimentos para o Brasil,
além do R$ 1 bilhão anunciado no final do ano passado
para o período até 2013."Em
dois ou três anos teremos de
dar sequência ao plano já
anunciado", disse Barbier,
ao se referir a investimentos
feitos na fábrica de São José
dos Pinhais, onde são produzidos os modelos Sandero,
Logan e Mégane Grand Tour.
No acumulado de janeiro a
setembro deste ano, a montadora vendeu 110 mil carros
de passeio e utilitários (comerciais leves), o que representa aumento de 32% em relação a igual período do ano
passado. E pretende fechar o
ano com 158 mil unidades
vendidas.
Preocupado com o avanço
dos asiáticos no Brasil, Barbier foi conferir de perto os
lançamentos feitos pelas nove marcas chinesas que estão
no Salão Internacional do
Automóvel acompanhado de
engenheiros da Renault.
"Encaro como uma ameaça. Não podemos subestimar
o que as montadoras chinesas podem fazer. Acho que
há produtos sérios que atendem a necessidade da clientela", disse o diretor.
Segundo Barbier, os chineses têm pela frente duas
questões para enfrentar: a
qualidade inferior em seus
veículos e a alta carga tributária para trazer os carros ao
país. "O nosso trunfo em relação à concorrência chinesa
é a qualidade."
A opinião do presidente da
Renault no Brasil, Jean-Michel Jalinier é a mesma: "Brasil é o quarto maior do mundo e atrai a atenção de todos.
Quem já está no país tem de
dar um passo à frente para
enfrentar a concorrência".
Texto Anterior: Governo de SP desonera setores industriais Próximo Texto: Lucro do Bradesco chega a R$ 2,5 bi no 3º trimestre Índice | Comunicar Erros
|