São Paulo, quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Demanda sustenta preços do leite no campo O mercado nacional de leite termina o ano como começou: de forma atípica. Assim como os preços caíram no período da entressafra, quando deveriam subir, continuam em alta na safra, quando normalmente caem. Os produtores receberam, em média, R$ 0,7207 por litro neste mês (para o leite entregue em novembro), segundo acompanhamento de preços do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Esse valor é o segundo maior já recebido pelos produtores desde que o órgão começou o acompanhamento do setor, em 1994. O maior valor registrado, em termos reais, foi de R$ 0,7910 por litro, em dezembro de 2007. O preço recebido pelo produtor neste mês supera em 1% o de novembro e em 20% o de igual período de 2009. Aline Barrozo Ferro, analista do Cepea, diz que um dos motivos da sustentação desse valor tem sido a demanda. O país exportou menos, importou mais e, mesmo assim, os preços estão em patamares superiores aos de iguais períodos de anos anteriores. Um dos motivos dessa demanda maior é o aquecimento da economia. A estiagem nos últimos meses, que provocou oferta menor de leite, também favoreceu a manutenção dos preços nos patamares atuais. A captação de leite começa a se normalizar e o volume repassado pelos produtores para as indústrias no mês passado superou em 2,7% o de outubro. Mas esse volume não foi suficiente para provocar redução de preço, segundo Barrozo. Com maiores investimentos no setor, os produtores elevaram a captação de leite neste ano. De janeiro a novembro, o volume captado superou em 3,5% o de igual período de 2009, segundo dados do Cepea. Neste mês, a oferta deverá crescer devido à volta das chuvas. O Cepea mostra que os Estados do Sul registram as maiores altas. O litro de leite subiu 4,2% em Santa Catarina, 3% no Rio Grande do Sul e 1,3% no Paraná. O Vale do Paraíba paulista teve o maior valor de negociação: R$ 0,7936 por litro. Retorno Após ter atingido US$ 1,74 por libra-peso (454 gramas) na segunda-feira, a cotação do suco recuou para US$ 1,70 ontem, com queda de 2,13%. A avaliação do mercado é que o frio não deve ter efeitos tão severos como se imaginava. Queda O algodão manteve queda no primeiro contrato negociado ontem na Bolsa de commodities de Nova York. Em 30 dias, os preços subiram 24%. No mercado interno, continuam aquecidos. Investimentos A Corn Products Brasil, empresa do setor de fabricação de ingredientes de origem agrícola, tem previsão de investir R$ 170 milhões no Brasil nos próximos anos. Objetivos Um dos objetivos da empresa é expandir a capacidade de processamento de milho, além de desenvolver novos ingredientes para as indústrias de alimentos e de bebidas. Ritmo acelerado O grupo Big Frango deve terminar 2010 com faturamento de R$ 1,2 bilhão, 70% mais do que no ano anterior. O avanço do grupo, que tem origem no norte do Paraná, se deve à participação em toda a cadeia de proteínas: aves, suínos, bovinos e ovinos. À espera de 2011 O mercado de animais para reposição deve deslanchar a partir de janeiro próximo. A relação de troca do boi gordo (R$ 105 por arroba) com o bezerro (R$ 700 a R$ 750) está favorável ao pecuarista, segundo a "DBO", publicação especializada em pecuária. PRATA +3,63% Ontem, em Nova York AÇÚCAR +2,23% Ontem, em Nova York Texto Anterior: Análise/Minérios: Mudar legislação trabalhista é o maior desafio do novo governo Próximo Texto: Estatais garantem 25% da meta fiscal Índice | Comunicar Erros |
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