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Jeito de morar
Vida fácil à beira-mar
Para os fins de semana na casa de praia,
todas as comodidades da vida urbana, mas nada dos
problemas da cidade grande: a solução veio com decoração descomplicada e materiais de fácil manutenção
por JONI ANDERSON
Por fora, as charmosas casas que compõem este condomínio podem até parecer iguais: construções de dois andares, de frente para o mar de Juquehy, uma das praias mais aprazíveis do litoral norte de São Paulo. Mas basta entrar em uma delas para desfazer a impressão de mesmice. Embora a arquitetura externa seja a mesma, com linhas retas, pé-direito alto, telhado colonial e caramanchão privado, cada uma ganhou uma interpretação bem particular, que revela o que os seus ocupantes esperam de uma casa à beira-mar.
No caso desta família, o refúgio deveria trazer todas as comodidades da vida urbana de modo mais descompromissado, com decoração fluida e fácil manutenção. A obra, que durou oito meses, ficou a cargo da arquiteta Sandra Picciotto, ela própria adepta de longa data do estilo "sol, sal e areia". Além de reforçar os espaços amplos, ela optou pela iluminação natural aliada a materiais orgânicos e uma overdose de branco. "O uso desta cor não é gratuito, ele potencializa a iluminação e a casa ganha um ar mais etéreo", afirma.
Em alguns pontos, esse conceito cria espécies de "zonas fantasmas", com móveis que parecem não estar ali -caso das cadeiras Charles Eames, em acrílico transparente, da sala de jantar. A brancura dos ambientes contrasta com materiais orgânicos quentes, como a madeira, o couro e a cerâmica. Nada, no entanto, chama mais a atenção do que o oceano que, a poucos metros, parece invadir a casa.
"Tudo foi pensado para valorizar o movimento do mar, trazer sua energia para interagir com os ambientes internos", diz a arquiteta. E, claro, para ser aproveitado sem dores de cabeça nem preocupações com maresia, areia e roupas molhadas. Afinal, como diz a arquiteta, não dá para desrespeitar o ambiente em que a casa está inserida.
Escadas
Dois lances separam os pavimentos;
chamam a atenção as esculturas da galeria Valu Oria
Suite de casal
Com pé-direito de 4 m, ganhou ares menos formais com o teto de lambris aparentes e luz indireta com luminárias de telas de algodão da Empório Beraldin.
A cama de linhas retas foi exigência do casal
Sala de TV
Peças claras coordenadas a tons mais quentes:
tapete killin da By Kami, mesas laterais em madeira e
almofadas em couro tressê, da Emporium Beraldin
Caramanchão
Embora não tenha contado com
a intervenção da arquiteta, está perfeitamente
adequado às propostas da profissional, que valorizou
ao máximo o mix de materiais naturais
Quarto
Destaque para os móveis em bambu
trabalhado de maneiras diferentes: filetado no aparador
e ao natural na poltrona
Living
Amplo e integrado à varanda e à sala de jantar,
tem poltronas de couro-sola e cordas, da Interni, em versão rústico-chique, que contrastam com o sofá total white.
O tapete de algodão é da Clatt, e as mesas laterais levam
a assinatura de Hugo França
Sala de jantar
Decorada com móveis que devem "sumir"
na paisagem: mesa branca para dez lugares e cadeiras Charles Eames em acrílico transparente. Chumbado na parede,
o gaveteiro de apoio mede 4 m e foi executado pela
marcenaria Russo, de São Paulo. Cerâmicas coloridas da L'Oeil
e vaso em madeira natural, da Arango
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