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Vila chinesa desafia autoridades e impede entrada de policiais Protesto, raro no país, iniciou-se há 4 dias e tem como origem a desapropriação de terrenos em áreas rurais Para evitar a divulgação de informações sobre os protestos, o nome da vila foi bloqueado nos sites de buscas do país
DE PEQUIM Alguns milhares de moradores de uma vila no sul da China protestam por quatro dias consecutivos após a morte de um líder comunitário sob custódia policial. A região é palco de uma longa disputa envolvendo desapropriações de terra. Em raro desafio às autoridades, os moradores impediram a entrada de policiais na vila costeira de Wukan (20 mil habitantes), em Guangdong, a província mais industrializada da China, e prometem nova manifestação hoje. Acusados de corrupção e de empregar violência, dirigentes locais do Partido Comunista foram afastados. Por outro lado, a polícia bloqueou o acesso à localidade como forma de pressão. A tensão, iniciada em setembro, explodiu com a morte do líder local Xue Jinbo, 43, enquanto estava sob custódia policial, no sábado. O governo local diz que ele teve parada cardíaca, mas familiares alegam ter visto sinais de violência no corpo. Outros líderes acusados de incitar violência continuam presos, mas foram autorizados a receber visitas de parentes e apareceram na TV. Para evitar a divulgação de dados sobre os protestos, o nome da vila foi bloqueado nos site de buscas chineses. A origem do conflito está no processo de desapropriação de áreas rurais, problema que se repete em várias partes do país. Geralmente, a indenização é pequena em comparação com o valor comercializado depois, e são comuns os casos de despejo à força. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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