Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

China vê 'pressão adversa' na economia

Governo afirma que dificuldades ainda devem persistir, mas prevê cumprir meta de crescimento do PIB de 7,5%

Pequim reduziu 2 vezes a taxa básica de juros, para estimular economia, e analistas preveem novo corte ainda neste ano

DE PEQUIM

A economia chinesa continua sofrendo pressões negativas, mas deve cumprir a meta de crescimento para este ano, afirmou ontem o primeiro-ministro Wen Jiabao.

Durante visita de dois dias à província industrial de Zhejiang (leste), Wen disse que a desaceleração da inflação, principal preocupação econômica em 2011, abriu mais possibilidades para o governo estimular a economia.

"Temos as condições e as possibilidades e asseguraremos as metas de desenvolvimento econômico e social deste ano", disse Wen.

A meta oficial de avanço do PIB para este ano é de ao menos 7,5%. A maioria das projeções estima expansão de 8%, afastando a China das taxas de dois dígitos que prevaleceram nos últimos anos.

No segundo trimestre deste ano, o PIB cresceu 7,6%, o pior resultado em três anos.

"A pressão adversa na nossa economia ainda é grande e as dificuldades podem persistir por algum tempo", afirmou Wen.

Tradicional província exportadora com forte tradição no setor privado, Zhejiang está entre as que mais vêm sofrendo com o resfriamento da economia mundial.

No ano passado, várias empresas fecharam as suas portas por não conseguirem pagar empréstimos feitos no mercado paralelo.

No encontro, o primeiro-ministro advertiu aos empresários de que o cenário externo continuará ruim e aconselhou as empresas de mão de obra intensiva a investir em melhorias tecnológicas.

Nos últimos meses, o governo chinês vem tentando estimular a economia por meio de várias medidas, entre elas, dois cortes na taxa básica de juros -analistas preveem que haverá um terceiro até o fim deste ano.

Apesar das medidas, os números da economia chinesa voltaram a decepcionar em julho, principalmente a produção industrial e a balança comercial.

Por outro lado, a inflação ao consumidor acumulada de 12 meses caiu para 1,8% no mês passado, o resultado mais baixo em 30 meses.

Wen afirmou que a prioridade agora é a criação de empregos: "Quando a economia está encontrando dificuldades, devemos prestar atenção ao emprego e fazer disso prioridade".

(FABIANO MAISONNAVE)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.