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Desemprego cede no Reino Unido, e Jogos podem ser a causa

Londres, que recebeu Olimpíada, criou a metade das novas vagas do país no segundo trimestre deste ano

Parte dos empregos gerados é de meio período; taxa recuou para 8%, o que gerou surpresa para analistas

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

O desemprego no Reino Unido alcançou no fim do segundo trimestre de 2012 os menores níveis do último ano, chegando à taxa de 8% da população economicamente ativa. No trimestre anterior, o índice era de 8,2%.

A redução do desemprego contrasta com a recessão do país, que sofreu queda do PIB (Produto Interno Bruto) nos três últimos trimestres, e intriga os analistas.

No fim do segundo trimestre, havia 46 mil desempregados a menos do que no fim de março, e o número de empregados chegou ao maior nível dos últimos três anos.

Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas, responsável pelos dados, a queda no desemprego está ligada principalmente a bons resultados em Londres. A capital britânica criou cerca de metade das vagas do país no período.

O fato de a cidade ter recebido os Jogos Olímpicos nas duas últimas semanas é uma das hipóteses levantadas por economistas para a improvável redução do desemprego em um ambiente de recessão.

Países como Itália e Espanha, que também enfrentam diminuição da atividade econômica em meio à crise, têm visto o desemprego aumentar como resultado de políticas de austeridade.

Para Howard Archer, economista-chefe para o Reino Unido da consultoria IHS Global Insight, o mercado de trabalho continua a "desafiar a gravidade". O Banco da Inglaterra (banco central do país) vê um "verdadeiro quebra-cabeças econômico".

Uma parte da explicação para a redução do desemprego é que mais pessoas estão em empregos de meio período ou de iniciativa própria.

Apesar de a maioria dos dados ser positiva, o desemprego entre jovens permanece alto, subindo de 20,2% para 20,3%, e o percentual de desempregados há mais de um ano segue estável.

GRÉCIA

De acordo com o jornal britânico "Financial Times", o novo governo da Grécia pedirá na próxima semana prazo adicional para implementar medidas de austeridade com as quais se comprometeu.

O argumento da Grécia é que a recessão no país está acima dos índices esperados. Nesse cenário, a extensão em dois anos do prazo (de 2014 para 2016) para tirar do papel reformas fiscais e cortes de gastos favoreceria a economia do país. É pouco provável que a Alemanha aceite.

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