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Saddam pode armar resistência no norte do país
DA REDAÇÃO
A expulsão de famílias de uma
faixa de 30 quilômetros que fica
entre a região majoritariamente
curda no norte do Iraque e o restante do país vem provocando rumores de que o ditador iraquiano,
Saddam Hussein, esteja preparando a área para se concentrar a
fim de se defender de uma ação
militar dos EUA a partir do norte
do país.
Nos últimos dez ou 15 dias, Bagdá vem removendo forças do Mujahedin Khalq -grupo oposicionista iraniano que mantém ligações com o regime de Saddam-
da faixa fronteiriça com a região
curda, disse Rasul Razgai, do Partido Democrático do Curdistão.
"Poderia ser um novo método
ou uma nova estratégia e poderia
ainda ser parte de uma manobra
militar", afirmou Fawzi Hariri,
porta-voz do PDC.
O Mujahedin Khalq negou que
seus combatentes estejam no norte do Iraque. Um porta-voz do
grupo, Farid Soleimani, disse que
o Mujahedeen Khalq não mantém combatentes no norte desde
1990, quando eles se retiraram, às
vésperas da Guerra do Golfo.
Aviões de guerra americanos e
britânicos voltaram a atacar ontem, pela primeira vez em dois
meses, a zona de exclusão aérea
no norte do Iraque. Na zonas de
exclusão no sul, as forças anglo-americanas lançaram 360 mil folhetos que exortam os iraquianos
a ouvir transmissões da rádio das
forças especiais dos EUA.
Os folhetos foram lançados ontem em Al Kut, que fica a cerca de
150 km de Bagdá.
Anteontem, os aviões lançaram
480 mil folhetos em cinco localidades no sul, informou o Comando Central dos EUA.
Desarmamento
O Iraque deverá assumir a presidência da Conferência sobre Desarmamento da ONU em março,
dois meses antes do previsto, depois que o Irã abriu mão de seu
direito.
O cargo é rotativo, e o critério de
preenchimento é a ordem alfabética, o que faria com que Indonésia, Irã, Iraque, Irlanda e Israel
fossem os próximos países a liderar a organização.
Bagdá deveria assumir a liderança em maio, mas agora poderá
fazê-lo ao mesmo tempo em que
luta contra uma força liderada pelos EUA.
Com agências internacionais
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