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São Paulo, sábado, 01 de fevereiro de 2003

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Saddam pode armar resistência no norte do país

DA REDAÇÃO

A expulsão de famílias de uma faixa de 30 quilômetros que fica entre a região majoritariamente curda no norte do Iraque e o restante do país vem provocando rumores de que o ditador iraquiano, Saddam Hussein, esteja preparando a área para se concentrar a fim de se defender de uma ação militar dos EUA a partir do norte do país.
Nos últimos dez ou 15 dias, Bagdá vem removendo forças do Mujahedin Khalq -grupo oposicionista iraniano que mantém ligações com o regime de Saddam- da faixa fronteiriça com a região curda, disse Rasul Razgai, do Partido Democrático do Curdistão.
"Poderia ser um novo método ou uma nova estratégia e poderia ainda ser parte de uma manobra militar", afirmou Fawzi Hariri, porta-voz do PDC.
O Mujahedin Khalq negou que seus combatentes estejam no norte do Iraque. Um porta-voz do grupo, Farid Soleimani, disse que o Mujahedeen Khalq não mantém combatentes no norte desde 1990, quando eles se retiraram, às vésperas da Guerra do Golfo.
Aviões de guerra americanos e britânicos voltaram a atacar ontem, pela primeira vez em dois meses, a zona de exclusão aérea no norte do Iraque. Na zonas de exclusão no sul, as forças anglo-americanas lançaram 360 mil folhetos que exortam os iraquianos a ouvir transmissões da rádio das forças especiais dos EUA.
Os folhetos foram lançados ontem em Al Kut, que fica a cerca de 150 km de Bagdá.
Anteontem, os aviões lançaram 480 mil folhetos em cinco localidades no sul, informou o Comando Central dos EUA.

Desarmamento
O Iraque deverá assumir a presidência da Conferência sobre Desarmamento da ONU em março, dois meses antes do previsto, depois que o Irã abriu mão de seu direito.
O cargo é rotativo, e o critério de preenchimento é a ordem alfabética, o que faria com que Indonésia, Irã, Iraque, Irlanda e Israel fossem os próximos países a liderar a organização.
Bagdá deveria assumir a liderança em maio, mas agora poderá fazê-lo ao mesmo tempo em que luta contra uma força liderada pelos EUA.


Com agências internacionais


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