|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AFEGANISTÃO
Ônibus no qual vítimas viajavam passou por mina; polícia responsabiliza Taleban e Al Qaeda
Explosão em Candahar mata ao menos 18 civis
DA REDAÇÃO
Pelo menos 18 pessoas morreram ontem nas proximidades da
cidade de Candahar, no sul do
Afeganistão, quando um ônibus
civil saiu da estrada perto de uma
ponte e passou por uma mina antitanques.
O vice-chefe da polícia local, Ustad Nazir Jan, responsabilizou a
rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, e o grupo extremista islâmico Taleban, que dirigiu o país entre 1996 e o fim de
2001. "Estamos 100% seguros de
que foram eles", disse Jan. Candahar, que hoje abriga uma base militar dos EUA, era o antigo quartel-general do Taleban.
Para o porta-voz do governo
provincial de Candahar, Khalid
Pashtun, os responsáveis teriam
sido o Taleban ou o chefe de guerra renegado Gulbuddin Hekmatyar, cujos homens foram atacados
por forças dos EUA em uma grande operação na mesma região no
início da semana. "Acho que pode
ter sido o Taleban e Gulbuddin,
porque a Al Qaeda já é passado.
Ela acabou", disse Pashtun.
Os únicos sobreviventes da explosão foram um garoto de 12
anos e o motorista do ônibus, segundo a polícia.
Segundo a TV estatal afegã, a
explosão ocorreu a cerca de 1 km
de um acampamento militar. Para Jan, o alvo do ataque poderia
ter sido algum veículo militar.
Pashtun, porém, minimizou a hipótese, afirmando que ônibus militares raramente passam pela
ponte onde houve a explosão.
Segundo as testemunhas, o cenário no local era de devastação,
com uma cratera de um metro de
profundidade escavada na estrada. Horas depois da explosão, os
escombros ainda estavam espalhados por uma grande área.
O ataque de ontem foi o pior no
país desde a explosão de um carro-bomba que matou 26 pessoas
em Cabul no início de setembro,
no mesmo dia de uma tentativa
de assassinato do presidente Hamid Karzai, em Candahar.
O porta-voz de Karzai, Sayed
Fazl Akbar, disse que o ataque de
ontem mostrou a necessidade da
permanência das tropas estrangeiras no Afeganistão. "Incidentes como esse justificam a presença das forças internacionais de
manutenção da paz", disse ele.
Cerca de 8.000 soldados americanos estão no Afeganistão liderando a guerra contra os membros do Taleban e da Al Qaeda,
cujo líder admitiu, em vídeo, responsabilidade pelos atentados de
11 de setembro de 2001.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Ásia: Coréia move carga nuclear e irrita os EUA Próximo Texto: Venezuela: Universidades reabrem, a pedido de Amigos Índice
|