São Paulo, segunda, 1 de fevereiro de 1999

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pesquisador quer proteger espécie

especial para a Folha

A descoberta de Beatrice Hahn foi comemorada no Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, sigla em inglês que não só por acaso lembra a Aids). Patrocinador da pesquisa, o instituto é dirigido por Anthony Fauci, uma estrela da medicina dos EUA.
"Isso pode permitir-nos -em colaboração cuidadosa com primatologistas trabalhando na proteção da espécie ameaçada- estudar chimpanzés selvagens infectados, para descobrir por que esses animais não adoecem", afirmou Fauci em comunicado.
A referência à preservação não é retórica ecologicamente correta. O resultado obtido só foi possível porque a macaca Marilyn havia sido infectada com o SIVcpz na selva, antes de capturada, já adulta.
Chimpanzés criados em cativeiro não têm chances de ser infectados. A pesquisa sobre Aids, agora, passa a depender da manutenção de uma população selvagem.
A primeira providência seria combater o consumo de carne de chimpanzé, principal motor da caça. A passagem do vírus a caçadores teria ocorrido quando eles retiraram a pele dos macacos. (ML)


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.