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26 palestinos deixam igreja em Belém
DA REDAÇÃO
Vinte e seis palestinos deixaram
a igreja da Natividade, em Belém,
na Cisjordânia, onde estavam sitiados há quase um mês por forças israelenses. Foi a maior retirada desde o início do cerco, em 2 de
abril, contra militantes palestinos
que se refugiaram dentro da igreja, onde, segundo a tradição cristã, nasceu Jesus Cristo.
Nenhuma das pessoas que deixaram igreja, entre as quais haviam civis e policiais, era procurada por Israel. Os israelenses afirmam que há ao menos 20 "terroristas perigosos" escondidos na
igreja.
Os palestinos foram saindo um
de cada de vez por uma abertura
na igreja, denominada Porta da
Humildade.
Um frei escoltou os palestinos, a
maioria adolescentes e jovens, até
a praça da Manjedoura, diante da
igreja. Com alguns soldados israelenses apontando as armas em direção a eles, os palestinos precisaram mostrar que estavam desarmados.
Em seguida, os palestinos foram
levados para um ônibus blindado.
Na porta do veículo, outro soldado checou seus documentos e ofereceu laranjas. Eles deveriam ser
liberados após interrogatório.
Um palestino que estava dentro
da igreja disse que as pessoas decidiram sair devido à situação no
local, onde a comida está escassa.
Todos os palestinos que deixaram
a igreja negaram que estivessem
sendo mantidos como reféns no
local.
Cerca de 200 pessoas continuam dentro da igreja, entre militantes armados, civis e clérigos.
Os religiosos dizem que permanecem no local para garantir a integridade da igreja, um dos locais
mais sagrados do cristianismo.
Cerca de 75 pessoas já deixaram o
complexo da igreja desde o início
do cerco. Israel afirma que apenas
os cerca de 20 "terroristas" serão
detidos. Os demais devem ser liberados após checagem.
Para os israelenses, os "terroristas" devem ser presos e julgados
pela Justiça de Israel ou então exilados para um outro país. Os palestinos rejeitam a proposta israelense e querem que os militantes
sejam enviados para a faixa de
Gaza.
Com agências internacionais
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