|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Suposta presença de navio dos EUA é investigada
DA REDAÇÃO
A Venezuela está investigando a suposta presença de um
navio e duas aeronaves estrangeiras em águas internacionais
perto do país no dia 13 de abril,
durante o golpe de Estado que
tirou o presidente Hugo Chávez do cargo por dois dias.
A investigação, após um relato publicado pelo jornal inglês
"The Guardian", foi confirmada pelo comandante da Força
Aérea, Angel Valecillos.
Segundo a reportagem, a Marinha dos EUA teria ajudado os
golpistas por meio do envio de
informações desde seus navios
no Caribe e interferência em
comunicações das embaixadas
de Cuba, Líbia, Irã e Iraque.
"Apesar de termos as informações pelos sensores, temos
que confirmar o propósito e a
razão dessa informação", afirmou Valecillos. "Já estamos fazendo os trâmites respectivos
para que se façam os esclarecimentos", disse.
Um porta-voz do Comando
Sul dos EUA, responsável pelas
operações das Forças Armadas
nas Américas Central e do Sul,
negou ontem as informações
sobre a suposta ajuda da Marinha americana aos golpistas.
"O governo dos EUA não
apóia golpes de Estado, e os militares dos EUA tampouco",
afirmou o major Eddy Villavicencio.
O subsecretário de Estado
americano para a América Latina, Otto Reich, acusado de ter
se reunido com os golpistas
meses antes em Washington,
disse numa entrevista publicada ontem pelo jornal "El Nuevo
Herald", de Miami, que pediu
ao líder empresarial Pedro Carmona, que assumiu a Presidência por menos de 48 horas, uma
"saída constitucional" para a
crise.
Para ele, os EUA não saíram
chamuscados do episódio por
não terem condenado o golpe
publicamente. "O certo é que
os países latino-americanos, no
Grupo do Rio, fizeram um chamado ao novo governo para
realizar eleições. Isso é um reconhecimento de fato do novo
governo. Nós não chegamos a
tanto", afirmou Reich.
Para ele, desde que retomou a
Presidência, tudo o que Chávez
tem dito "está correto".
Recomendação
No dia 12 de abril, enquanto
Chávez estava afastado da Presidência e Carmona era empossado em seu lugar, o banco de investimentos americano Merrill Lynch elevou a recomendação de compra de ações de companhias venezuelanas a
seus clientes.
De "sem exposição" (investimento zero), a recomendação
passou a "leve sobre ponderação de mercado", atribuindo a
melhora à mudança de comando no país.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Venezuela: Chávez diz que fez exigências para renunciar Próximo Texto: Justiça: EUA processam Farc por assassinato de americanos Índice
|