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São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2003

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Hamas e Jihad Islâmico rejeitam plano de paz

DA REDAÇÃO

Os grupos terroristas palestinos Hamas e Jihad Islâmico rechaçaram ontem o roteiro de plano de paz internacional entregue horas antes aos primeiros-ministros israelense e palestino, Ariel Sharon e Mahmoud Abbas (conhecido como Abu Mazen).
"O roteiro tem como objetivo manter a segurança de Israel à custa da segurança de nosso povo", afirmou o xeque Ahmed Yassin, fundador do Hamas. "É um plano para liquidar a causa palestina [por independência]. Rejeitamos o plano."
Para o Jihad Islâmico, o plano de paz "obriga os palestinos a fazer concessões gratuitas". "O plano leva a região aos erros do passado ilustrados pelos acordos de Oslo, de 1993 [que concederam autonomia palestina limitada em algumas cidades da Cisjordânia e de Gaza]", disse um dos responsáveis pelo grupo, Mohamed al Hindi.
Na madrugada de ontem, horas após a aprovação do gabinete de Abbas pelo Parlamento palestino, três pessoas foram mortas em um ataque suicida em Tel Aviv. A responsabilidade pelo ataque foi reivindicada tanto pelo Hamas quanto pela Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, facção armada do Fatah (grupo político do líder Iasser Arafat).
O ataque foi definido como "um sucesso" por Yassin, que só perde em popularidade entre os palestinos para Arafat, segundo pesquisas. O Hamas tem forte apoio entre os palestinos graças a trabalhos assistencialistas e políticos que promove.
O homem-bomba que se explodiu ontem em um clube noturno de Tel Aviv e um cúmplice que fugiu do local tinham passaportes britânicos, segundo a polícia israelense.

Colonos
A associação de colonos judeus de Gaza e Cisjordânia pediu ontem ao governo israelense para rejeitar o plano de paz, o qual classificou de "perigoso" para o país e "pior que os acordos de Oslo".


Com agências internacionais


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