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Hamas e Jihad Islâmico rejeitam plano de paz
DA REDAÇÃO
Os grupos terroristas palestinos Hamas e Jihad Islâmico rechaçaram ontem o roteiro de
plano de paz internacional entregue horas antes aos primeiros-ministros israelense e palestino, Ariel Sharon e Mahmoud Abbas (conhecido como
Abu Mazen).
"O roteiro tem como objetivo
manter a segurança de Israel à
custa da segurança de nosso
povo", afirmou o xeque Ahmed Yassin, fundador do Hamas. "É um plano para liquidar
a causa palestina [por independência]. Rejeitamos o plano."
Para o Jihad Islâmico, o plano
de paz "obriga os palestinos a
fazer concessões gratuitas". "O
plano leva a região aos erros do
passado ilustrados pelos acordos de Oslo, de 1993 [que concederam autonomia palestina
limitada em algumas cidades
da Cisjordânia e de Gaza]", disse um dos responsáveis pelo
grupo, Mohamed al Hindi.
Na madrugada de ontem, horas após a aprovação do gabinete de Abbas pelo Parlamento
palestino, três pessoas foram
mortas em um ataque suicida
em Tel Aviv. A responsabilidade pelo ataque foi reivindicada
tanto pelo Hamas quanto pela
Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, facção armada do Fatah
(grupo político do líder Iasser
Arafat).
O ataque foi definido como
"um sucesso" por Yassin, que
só perde em popularidade entre os palestinos para Arafat,
segundo pesquisas. O Hamas
tem forte apoio entre os palestinos graças a trabalhos assistencialistas e políticos que promove.
O homem-bomba que se explodiu ontem em um clube noturno de Tel Aviv e um cúmplice que fugiu do local tinham
passaportes britânicos, segundo a polícia israelense.
Colonos
A associação de colonos judeus de Gaza e Cisjordânia pediu ontem ao governo israelense para rejeitar o plano de paz,
o qual classificou de "perigoso"
para o país e "pior que os acordos de Oslo".
Com agências internacionais
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