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Morre o cientista suíço que descobriu o LSD, droga cult do movimento hippie
Patrick Straub - 13.jan.06/Associated Press
![](../images/e0105200801.jpg) |
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Hofmann acreditava no potencial terapêutico do LSD
DA REPORTAGEM LOCAL
O povoado de Burg im Leimental, no noroeste da Suíça, anunciou ontem a morte
de seu mais ilustre morador:
o químico Albert Hofmann,
mundialmente conhecido
por ter descoberto a droga
LSD. Ele tinha 102 anos.
O LSD, que causa distorção dos sentidos e confusão
mental, foi a droga característica do movimento hippie
nos anos 60. Embora não
provoque dependência, pode
despertar surtos psicóticos.
Hofmann descobriu a droga acidentalmente em 1943,
quando trabalhava para o
grupo farmacêutico Sandoz,
hoje parte da Novartis. Ao
tentar transformar os alcalóides de um fungo que atacava o centeio em estimulante respiratório -a dietilamida de ácido lisérgico (LSD,
na sigla em inglês)-, ele deixou cair uma gota em sua
mão. A substância penetrou
na pele e Hofmann passou a
ter sensações estranhas. "Os
meus pensamentos explodiam em cores e desenhos",
relatou, convencido de que
havia descoberto poderoso
remédio psicoterapêutico.
A Sandoz comercializou o
LSD de 1947 até meados dos
anos 60, quando foi proibido. Mesmo banida pelas autoridades, a droga continuou
sendo um ícone da contracultura, principalmente em
função da propaganda feita
pelo intelectual americano
Timothy Leary. O uso festivo
e desenfreado do LSD irritava Hofmann. "Produzi um
remédio, não tenho culpa se
fizeram um uso abusivo dele", dizia.
O LSD é consumido sob a
forma de micropedaços de
papel estampado postos sob
a língua. Em homenagem a
Hofmann, versões mais fortes da droga levam o desenho
de uma bicicleta, que era o
hobby preferido do cientista.
Com agências internacionais
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