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China reforça segurança em escolas após novo ataque
País registrou ontem terceiro atentado contra estudantes nos últimos três dias
Mídia estatal dá pouca ênfase aos ataques, todos perpetrados por homens, aparentemente para não inspirar mais casos similares
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
Em meio a uma onda de ataques a crianças em escolas, Pequim anunciou que policiais armados passarão a vigiar centros educacionais. Apesar de
incomuns, os episódios têm recebido pouco destaque na controlada mídia chinesa, aparentemente por temor de inspirar
incidentes semelhantes.
No caso mais recente, ontem,
Wang Yonglai, identificado como um fazendeiro, entrou de
motocicleta em uma escola primária na cidade de Weifang,
leste do país, onde atingiu alunos com um martelo. Em seguida, agarrou duas crianças e se
incendiou usando gasolina.
Cinco crianças ficaram feridas
-nenhuma em estado grave. O
agressor morreu.
Foi o terceiro ataque do tipo
em três dias. Na véspera, em
Taixing, um desempregado de
47 anos esfaqueou 29 crianças
de 4 e 5 anos de idade -cinco
estão em estado grave. Na quarta-feira, um ex-professor com
problemas mentais esfaqueou
15 estudantes em Leizhou (sul).
Logo após o terceiro ataque,
Pequim determinou patrulhas
nos horários de entrada e saída
das escolas a partir da terça-feira (segunda é feriado na China).
A mídia estatal tem dado
pouco espaço aos ataques, todos perpetrados por homens. O
incidente de ontem só saiu na
versão em inglês da agência de
notícias oficial Xinhua.
No jornal estatal "China
Daily", publicado em inglês, um
especialista aconselha os pais a
transportar os filhos à escola
em ônibus ou levá-los pessoalmente, em vez de a pé ou em bicicleta. A publicação lembrou
um ataque à escola ocorrido em
23 de março, quando o ex-médico comunitário Zheng Minsheng esfaqueou e matou oito
crianças de uma escola de ensino fundamental, na cidade de
Nanping, sudeste do país.
"Não tenho ódio contra estudantes que esfaqueei. Eu os escolhi só porque eram fracos e
vulneráveis. Queria ter um
grande impacto no público",
disse Zheng, segundo o "China
Daily". Condenado à morte, ele
foi executado na quarta-feira.
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