|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ORIENTE MÉDIO
Taher, o "engenheiro 4", é acusado por envolvimento em atentados que deixaram mais de cem israelenses mortos
Israel mata fabricante de bombas do Hamas
DA REDAÇÃO
Forças israelenses mataram um
dos principais fabricantes de
bombas do grupo extremista islâmico Hamas ontem, acusado pelas autoridades israelenses por
ataques terroristas que já deixaram ao todo mais de cem israelenses mortos, sendo 19 deles em
atentado suicida em um ônibus
em Jerusalém há duas semanas.
Muhanad al Taher foi morto
durante ação em uma casa em
Nablus (Cisjordânia) e, de acordo
com os palestinos, é conhecido
como o "engenheiro 4". Ele integrava a lista de militantes palestinos mais procurados por Israel.
Sua morte faz parte da operação
israelense nas cidades palestinas
na Cisjordânia em resposta a
atentados que deixaram 31 mortos duas semanas atrás em Jerusalém e em um assentamento.
Na semana passada, o premiê
de Israel, Ariel Sharon, havia
anunciado que lançaria uma ampla ofensiva contra o Hamas na
faixa de Gaza. Mas como o incidente aconteceu na Cisjordânia,
não se sabe se existe alguma ligação entre a morte de Taher e a declaração do líder israelense.
Testemunhas palestinas disseram que soldados de Israel cercaram a casa de um dos assessores
de Taher em Nablus e pediram às
pessoas que estavam dentro da
casa para se retirarem. Quando
eles saíram da casa, os israelenses
dispararam. No incidente, foram
mortos Taher e um dos seus principais assessores. Outro assessor
do "engenheiro 4" foi ferido.
Analistas afirmam que a morte
de Taher pode gerar nova onda de
violência, com provável retaliação
do Hamas. O grupo não divulgou
comentários sobre o episódio.
Ainda ontem, uma bomba foi
colocada em um trilho de trem no
centro de Israel, ferindo levemente quatro pessoas.
Forças militares israelenses pararam duas ambulâncias palestinas em Ramallah, que levavam
cerca de 27 pessoas, a maior parte
delas procuradas por Israel. Os
palestinos afirmam que as ambulâncias transportavam médicos.
Até ontem, as autoridades israelenses e as palestinas não sabiam
se 15 militantes de grupos extremistas estariam dentro de um
complexo da ANP (Autoridade
Nacional Palestina) em Hebron
(Cisjordânia) que foi destruído
por Israel. Há dúvidas se eles realmente estavam dentro do local.
Ao menos 1.430 palestinos e 548
israelenses morreram desde a
eclosão da Intifada (levante palestino contra a ocupação israelense), iniciada em setembro de 2000.
Assentamentos
Onze assentamentos israelenses, considerados ilegais até mesmo por Israel, foram desmantelados ontem pacificamente após
pedido do ministro da Defesa do
país, Binyamin ben Eliezer.
A maior parte dos colonos não
colocou obstáculos para a retirada, mas se mostraram contrariados. "É triste. Todos os assentamentos significam um passo judeu contra o terror palestino",
disse o colono Benny Katzover.
Cerca de 200 mil colonos vivem
em cerca de 145 assentamentos
judeus na Cisjordânia e na faixa
de Gaza. A retirada dos assentamentos é dos temas mais delicados para um acordo na região.
A construção desses assentamentos começaram após a guerra
árabe-israelense de 1967, na qual a
Cisjordânia e a faixa de Gaza foram ocupadas por Israel.
O presidente da ANP, Iasser
Arafat, disse ontem estar disposto
a se encontrar com o presidente
dos EUA, George W. Bush, para
discutir a paz no Oriente Médio.
Semana passada, Bush pediu a a
substituição de Arafat.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Colômbia: Prefeito é sequestrado por grupo armado Próximo Texto: Panorâmica - Justiça: Sem imunidade em tribunal, EUA ameaçam vetar missão da ONU na Bósnia Índice
|