DA REUTERS

Saddam Hussein não terá um julgamento justo, apesar das promessas oficiais, disse o advogado jordaniano Mohammad Rashdan, que faz parte da equipe que defende o ex-ditador no processo aberto ontem. "Isso é um arremedo de justiça. Estamos diante de violações legais."
Rashdan, um dos 20 advogados nomeados pela mulher de Saddam, afirmou que ele e seus sócios entraram com ações contra as autoridades americanas por não lhes darem acesso ao ex-ditador e aos documentos do julgamento. "Qualquer julgamento do presidente será ilegal e injusto, um desdobramento da agressão cometida contra o Iraque. O julgamento é uma farsa, e o veredicto foi emitido antes de o processo começar."
O jordaniano também afirmou que a equipe, que inclui profissionais americanos e franceses, foi ameaçada por autoridades iraquianas e teme correr perigo de morte caso viaje a Bagdá.
A falta de segurança também é um problema para os integrantes do tribunal. Seu coordenador, Salem Chalabi, disse ter recebido diversas ameaças de morte desde que assumiu o cargo, e os sete juízes que atuarão no caso têm seus nomes mantidos em sigilo absoluto.


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