São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bremer se diz "frustrado" por não ter feito do Iraque um lugar seguro

DA REDAÇÃO

O norte-americano Paul Bremer, ex-chefe da Autoridade Provisória da Coalizão, disse ontem em Washington que lamentava não ter conseguido impor melhores condições de segurança no Iraque antes da transferência da "soberania" às autoridades locais.
"Minha maior frustração foi a de não termos sido capazes de garantir a segurança no final da ocupação", disse ele, nos jardins da Casa Branca. Bremer estava usando as botas que usava no Iraque.
Em seguida, ele almoçou com o presidente George W. Bush, que, segundo o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, agradeceu seu empenho durante os 13 meses que passou no Iraque.
Segundo Bremer, o governo provisório enfrenta obstáculos assustadores para restaurar a tranqüilidade, mas o premiê Iyad Allawi é um "homem de fibra", credenciado para a tarefa.
Indagado se foi por razões de segurança que a transferência de "soberania" ocorreu segunda-feira (dois dias antes do previsto), de maneira tão discreta, respondeu que sempre previra uma cerimônia "modesta e dignificante".
Bremer afirmou, por fim, que o ponto mais positivo é que os iraquianos são, a partir de agora, "responsáveis pelo país" e que o governo provisório se beneficia pelo que qualificou de "alto grau de respeito" da população.

Liberdade religiosa
João Paulo 2º enviou ontem uma mensagem a Ghazi Yawer, presidente interino do Iraque. Ele afirmou esperar que "todos os grupos confessionais" possam se manifestar, no que foi interpretado como um apelo em favor da liberdade religiosa aos cristãos. Eles são 700 mil, em meio a uma população majoritária de 24 milhões de muçulmanos.


Com agências internacionais


Texto Anterior: "Julgamento é ilegal e injusto", diz advogado
Próximo Texto: Na rede: Família de Bagdá "bloga" unida
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.