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Bremer se diz "frustrado" por não
ter feito do Iraque um lugar seguro
DA REDAÇÃO
O norte-americano Paul Bremer, ex-chefe da Autoridade Provisória da Coalizão, disse ontem
em Washington que lamentava
não ter conseguido impor melhores condições de segurança no
Iraque antes da transferência da
"soberania" às autoridades locais.
"Minha maior frustração foi a
de não termos sido capazes de garantir a segurança no final da ocupação", disse ele, nos jardins da
Casa Branca. Bremer estava usando as botas que usava no Iraque.
Em seguida, ele almoçou com o
presidente George W. Bush, que,
segundo o porta-voz da Casa
Branca, Scott McClellan, agradeceu seu empenho durante os 13
meses que passou no Iraque.
Segundo Bremer, o governo
provisório enfrenta obstáculos assustadores para restaurar a tranqüilidade, mas o premiê Iyad
Allawi é um "homem de fibra",
credenciado para a tarefa.
Indagado se foi por razões de segurança que a transferência de
"soberania" ocorreu segunda-feira (dois dias antes do previsto), de
maneira tão discreta, respondeu
que sempre previra uma cerimônia "modesta e dignificante".
Bremer afirmou, por fim, que o
ponto mais positivo é que os iraquianos são, a partir de agora,
"responsáveis pelo país" e que o
governo provisório se beneficia
pelo que qualificou de "alto grau
de respeito" da população.
Liberdade religiosa
João Paulo 2º enviou ontem
uma mensagem a Ghazi Yawer,
presidente interino do Iraque. Ele
afirmou esperar que "todos os
grupos confessionais" possam se
manifestar, no que foi interpretado como um apelo em favor da liberdade religiosa aos cristãos.
Eles são 700 mil, em meio a uma
população majoritária de 24 milhões de muçulmanos.
Com agências internacionais
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