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Sharon sofre duras críticas por cerco a Arafat
DA REDAÇÃO
O episódio do cerco ao presidente da Autoridade Nacional
Palestina, Iasser Arafat, está
causando duras críticas ao premiê israelense, Ariel Sharon.
O líder palestino, na avaliação de analistas israelenses, se
fortaleceu com o cerco de dez
dias ao seu quartel-general, em
Ramallah, em vez de se enfraquecer, como queria Sharon.
A popularidade de Arafat entre os palestinos aumentou em
um momento em que poderiam surgir novas lideranças
palestinas com a reforma na
ANP, e a imagem de Israel ficou arranhada.
"Foi uma falha colossal", escreveu o diário israelense
"Maariv". Para o "Yedioth Ahronoth", foi "uma lição para o
futuro". O "Haaretz", disse que
Arafat conquistou "uma rara
vitória".
A decisão de libertar Arafat
foi tomada por Sharon após
fortes pressões dos EUA. Os
americanos não querem um
agravamento do conflito israelo-palestino num momento em
que buscam apoio de países
árabes para uma possível ofensiva contra o Iraque.
Os israelenses haviam dito
anteriormente que não respeitariam resolução do Conselho
de Segurança da ONU que exigia um levantamento imediato
do cerco a Arafat. Ele foi cercado após um atentado suicida
cometido pelo grupo extremista islâmico Hamas, em Tel
Aviv, deixar seis mortos
Tanques de Israel permanecem em Ramallah, e Arafat ainda não pode deixar a cidade.
Sharon viajou a Moscou, onde se reuniu com o presidente
da Rússia, Vladimir Putin. Ontem soldados israelenses dispararam contra crianças e adolescentes palestinos que jogavam
pedras em Nablus (Cisjordânia). Uma criança de 10 e outra
de 11 morreram. Um soldado
israelense também morreu nos
choques de ontem na cidade.
As mortes acontecem um dia
após relatório da Anistia Internacional afirmar que mais de
320 crianças morreram na Intifada (levante palestino contra a
ocupação israelense), sendo
250 palestinas e 70 israelenses.
Ao menos 1.573 palestinos e
601 israelenses morreram nos
dois anos de Intifada.
Com agências internacionais
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