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Terror anuncia seqüestro de mais dez
DA REDAÇÃO
Insurgentes iraquianos afirmaram ontem ter seqüestrado dez
pessoas, incluindo duas indonésias, segundo informou ontem a
TV árabe Al Jazira. Os seqüestradores exigem que a empresa para
a qual os reféns trabalham rompa
contato com as forças estrangeiras no Iraque. Não foi feita ameaça explícita de morte.
A emissora exibiu uma fita de
vídeo com imagens de cinco homens e duas mulheres sentados
no chão, aparentemente usando
véus islâmicos. Segundo a Al Jazira, o grupo responsável pelo vídeo
é o Exército Islâmico do Iraque, o
mesmo que assumiu o seqüestro
dos jornalistas franceses Christian
Chesnot e George Malbrunot no
mês passado.
Além das duas indonésias, estão
entre os reféns seis iraquianos e
dois libaneses. Segundo a emissora, eles trabalham para a empresa
Jubail, de artefatos eletrônicos.
As circunstâncias e o local da
captura não foram divulgados. O
governo iraquiano disse que está
investigando o caso.
A fita mostra ainda alguns dos
reféns se ajoelhando sob uma faixa com o nome do grupo, com
homens mascarados apontando
fuzis contra suas cabeças.
O chanceler do Líbano disse ontem que três libaneses foram seqüestrados no Iraque em incidentes separados e, posteriormente,
que um dos reféns, identificado
como Imad Basila, havia sido solto.
A Embaixada da Indonésia na
Jordânia identificou as duas reféns indonésias como Binti Anom
e Rafika Binti Aminj.
Refém britânico
Um dia depois de ter sido chamado de mentiroso pelo engenheiro britânico Kenneth Bigley,
62, mantido refém no Iraque há
quase duas semanas, o premiê do
Reino Unido, Tony Blair, afirmou
estar fazendo "todo o possível"
para soltá-lo. "Há muitas coisas
que estamos tentando fazer, e que
não vamos detalhar", disse à BBC.
O chanceler britânico, Jack
Straw, disse, porém, que o Reino
Unido não pretende negociar o
pagamento de resgate ou atender
às demandas políticas dos terroristas.
"Mas claro que queremos o sr.
Bigley solto, então ouviríamos o
que eles [os terroristas] têm a dizer", disse o chanceler, que ontem
se encontraria pela primeira vez
com a família Bigley, em Londres.
Os terroristas exigem a libertação de todas as iraquianas presas
no país. Dois americanos que estavam com ele foram degolados
pelos seqüestradores, que são do
grupo Tawid e Jihad, do terrorista
jordaniano Abu Musab al Zarqawi, ligado à rede Al Qaeda.
Simona Pari e Simona Torretta,
as duas italianas libertadas na terça-feira após três semanas em cativeiro no Iraque, disseram ontem
que temeram ser mortas, apesar
do tratamento "privilegiado" que
afirmaram ter recebido dos seqüestradores.
"O medo de sermos mortas estava lá desde o primeiro dia", disse Simona Torretta. "Sabíamos
que o assassinato não era iminente, mas até entrarmos no avião, o
medo estava sempre lá."
Com agências internacionais
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