|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AMÉRICA LATINA
Otto Reich, subsecretário de Estado, diz que "chegou a hora de resolver as diferenças políticas com uma eleição"
EUA defendem eleições na Venezuela
DA REDAÇÃO
A solução para a crise política
na Venezuela deve passar pela
realização de eleições, afirmou
ontem o subsecretário de Estado
dos EUA para a América Latina,
Otto Reich, em discurso na Fundação Heritage, em Washington.
"Está na hora de resolver as diferenças políticas na Venezuela de
maneira pacífica, democrática e
constitucional, por meio de uma
eleição", disse Reich. "Qualquer
que seja a solução eleitoral a que
cheguem os venezuelanos por
meio do diálogo, deve ser livre,
justa e transparente, acordada pelo governo e pela oposição", disse.
A oposição venezuelana acusa o
presidente Hugo Chávez de estar
dividindo o país e de o levar à
bancarrota com suas políticas esquerdistas e pede sua renúncia e a
realização antecipada de eleições.
Chávez, cujo mandato termina
em 2007, diz ser vítima de um
complô da elite que sempre governou o país e que teria tido seus
interesses contrariados. Ele rejeita
eleições antecipadas, mas admite
a realização de um referendo sobre seu mandato a partir de agosto do ano que vem, como prevê a
Constituição.
Reich pediu ao governo e à oposição que baixem o tom de sua retórica, mas afirmou que a responsabilidade maior cai sobre Chávez. "Como chefe de Estado, Chávez tem uma obrigação especial
para assegurar as condições próprias para o diálogo", afirmou.
Segundo ele, Chávez deve garantir um ambiente "seguro para o
diálogo", livre de "assédio, intimidação e violência".
As declarações de Reich ecoam
de alguma maneira um pronunciamento do secretário-geral da
OEA (Organização dos Estados
Americanos), César Gaviria, que
está em Caracas para tentar mediar um diálogo entre governo e
oposição.
Para ele, o que o país precisa é
de uma saída eleitoral. "Esse é um
ponto em que as duas partes, ao
longo desta semana, avançaram
muito", afirmou.
Gaviria disse esperar que o diálogo avance na próxima semana.
"O governo e a oposição vão se
sentar para falar disso, para expor
seus pontos de vista e para expor
seus argumentos de ordem constitucional."
Há duas semanas, o governo assinou um documento preparado
por OEA, Pnud (Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento) e Centro Carter que pede "saídas constitucionais" para a
crise política no país. A oposição
não assinou o documento e preparou uma outra declaração, na
qual traça princípios para um governo de transição, sem Chávez.
Com agências internacionais
Texto Anterior: EUA: Russos e albaneses observarão pleito na Flórida Próximo Texto: Entrevista: Ataque ao Iraque trará desestabilização, diz Khatami Índice
|