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Doentes terminais europeus obtêm mais direitos
DA REDAÇÃO
A Justiça britânica decidiu
ontem que não iria impedir
que uma mulher gravemente
doente fosse para a Suíça com o
objetivo de praticar o suicídio
assistido, acompanhada do
marido. Porém a polícia ainda
pode decidir adotar alguma
medida contra ele. Na França,
nova lei dá mais direitos a pacientes terminais.
Apesar do suicídio ser legal
no Reino Unido, ajudar alguém a morrer é um crime que
pode valer 14 anos de prisão. As
leis suíças permitem que conselheiros treinados ajudem um
doente a se matar.
"A corte não deve frustrar indiretamente os direitos de Z.
[como a mulher foi chamada].
O papel do marido é um problema para as agências criminais", disse o juiz Mark Hedley.
O caso veio à tona quando a
mulher expressou o desejo de
morrer à junta que prestava assistência médica a ela em casa.
A equipe avisou a Justiça, temendo ser responsabilizada.
A decisão pode ser um estímulo para a reavaliação das leis
britânicas contra a eutanásia.
Suíça, Holanda e Bélgica têm
leis que permitem a eutanásia.
Pesquisa publicada em setembro por um grupo pró-eutanásia afirmou que 47% dos
britânicos quebraria as leis para ajudar doentes terminais
queridos a morrer. Ainda de
acordo com o estudo, 82% das
pessoas apóiam as mudanças
na lei da eutanásia.
Também ontem, a Assembléia Nacional da França aprovou por unanimidade projeto
de lei que permite que doentes
terminais recusem tratamento
que prolongue seu sofrimento.
A decisão visa "deixar morrer,
e não fazer morrer". Ou seja,
não legaliza a eutanásia.
O projeto obteve amplo
apoio social, inclusive das igrejas atuantes no país.
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