São Paulo, sábado, 01 de dezembro de 2007

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Fortalecido, Correa promete reformas radicais na abertura da Constituinte

DA REDAÇÃO

Fortalecido pela ratificação de seu cargo pela Assembléia Constituinte e a aprovação de um recesso do Congresso, onde a oposição é maioria, o presidente equatoriano Rafael Correa inaugurou ontem, oficialmente, os trabalhos de redação da nova Carta do país.
O presidente disse contar, agora, com "um imenso capital político para fazer reformas" -os governistas da Aliança País têm 80 dos 130 assentos da Constituinte e o presidente e seu vice, Lenin Moreno, foram ratificados com 107 votos.
Acusada de golpista pela oposição, a Constituinte -cuja convocação foi aprovada com 80% dos votos, em plebiscito- recebeu ontem elogios da OEA (Organização dos Estados Americanos). Carta enviada pelo secretário-geral, José Miguel Insulza, parabenizou os "depositários das esperanças de um povo que há vários anos luta por estabilidade, uma estabilidade baseada em mais justiça social e mais democracia".

Imprensa
A nova Constituição, a 20ª do país, deve reformular as instituições equatorianas, reduzindo a influência dos partidos políticos no Judiciário, e fortalecendo a atuação do Estado -numa "reforma radical, profunda e rápida das estruturas", segundo Correa.
O presidente pediu que a nova Constituição "inclua controles e sanções mais rigorosas dos abusos cotidianos da imprensa". "É hora de falar sempre a verdade. Sabemos o papel nefasto que grande parte da imprensa teve neste processo, assim como nos demais países da região", disse.
A Constituinte funcionará por seis meses, em Montecristi (sudoeste). Nesse período, uma comissão legislativa examinará e votará leis no lugar do Congresso. A abertura teve a presença do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. O Brasil foi representado por Nelson Jobim (Defesa).


Com agências internacionais


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