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Fortalecido, Correa promete reformas radicais na abertura da Constituinte
DA REDAÇÃO
Fortalecido pela ratificação
de seu cargo pela Assembléia
Constituinte e a aprovação de
um recesso do Congresso, onde
a oposição é maioria, o presidente equatoriano Rafael Correa inaugurou ontem, oficialmente, os trabalhos de redação
da nova Carta do país.
O presidente disse contar,
agora, com "um imenso capital
político para fazer reformas"
-os governistas da Aliança País
têm 80 dos 130 assentos da
Constituinte e o presidente e
seu vice, Lenin Moreno, foram
ratificados com 107 votos.
Acusada de golpista pela oposição, a Constituinte -cuja
convocação foi aprovada com
80% dos votos, em plebiscito-
recebeu ontem elogios da OEA
(Organização dos Estados
Americanos). Carta enviada
pelo secretário-geral, José Miguel Insulza, parabenizou os
"depositários das esperanças
de um povo que há vários anos
luta por estabilidade, uma estabilidade baseada em mais justiça social e mais democracia".
Imprensa
A nova Constituição, a 20ª do
país, deve reformular as instituições equatorianas, reduzindo a influência dos partidos políticos no Judiciário, e fortalecendo a atuação do Estado
-numa "reforma radical, profunda e rápida das estruturas",
segundo Correa.
O presidente pediu que a nova Constituição "inclua controles e sanções mais rigorosas dos
abusos cotidianos da imprensa". "É hora de falar sempre a
verdade. Sabemos o papel nefasto que grande parte da imprensa teve neste processo, assim como nos demais países da
região", disse.
A Constituinte funcionará
por seis meses, em Montecristi
(sudoeste). Nesse período, uma
comissão legislativa examinará
e votará leis no lugar do Congresso. A abertura teve a presença do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. O Brasil foi
representado por Nelson Jobim (Defesa).
Com agências internacionais
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