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Regime iraquiano matou mais de 1 milhão desde 79
DA REDAÇÃO
Mais de 1 milhão de pessoas foram mortas em perseguições políticas e étnico-religiosas e em guerras promovidas pelo regime de Saddam Hussein desde 1979,
quando o ditador iraquiano
assumiu o poder.
De 3 milhões a 4 milhões
de iraquianos vivem no exílio após terem sido expulsos
ou fugido do Iraque. Há entre 200 mil e 300 mil desaparecidos e entre 700 mil e 900
mil refugiados internos no
país. Os números fazem parte de um estudo realizado no
ano passado por duas entidades que atuam na área, a
Aliança Internacional pela
Justiça e a Federação Internacional das Ligas de Direitos Humanos.
Saddam iniciou duas guerras contra vizinhos -o Irã
(80-88) e o Kuait (90-91). Na
guerra contra o Irã, que causou 1 milhão de mortos dos
dois lados, o Iraque usou armas químicas. Estima-se
que 20 mil iranianos tenham
morrido por conta de gás
mostarda, sarin etc.
O regime de Saddam, que
representa a minoria árabe
sunita do país (em torno de
20% da população), persegue outros grupos étnico-religiosos, como os xiitas (60%
da população), os curdos
(15%, majoritários no norte
do país) e outras minorias.
De 77 a 87, entre 4.500 e
5.000 vilas curdas foram destruídas e seus habitantes
transferidos para outras regiões ou expulsos. Segundo
a ONG Human Rights
Watch, até 5.000 curdos
morreram em um ataque
químico em 1988.
Durante e após a Guerra
do Golfo (1991) -quando os
EUA lideraram uma coalizão militar para forçar a desocupação do Kuait, invadido por Saddam em 90-, os
curdos se rebelaram e foram
perseguidos. Cerca de mil
kuaitianos morreram na invasão e na ocupação do país.
Os xiitas foram perseguidos no fim dos anos 70 e no
início dos 80 sob o argumento de que tinham laços com
o Irã e pretendiam "importar" a Revolução Islâmica.
O regime iraquiano pratica
execuções sumárias, raptos,
estupros, torturas, transferências forçadas e exige que
famílias entreguem suas
crianças para serem alistadas no Exército, na polícia
ou em grupos paramilitares.
Outra característica dos
métodos de repressão utilizados pelo regime iraquiano
é a intimidação de supostos
inimigos do regime e de seus
familiares, círculos mais
próximos (colegas de trabalho, amigos etc.) ou até mesmo de clãs inteiros.
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