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São Paulo, domingo, 02 de março de 2003

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Americanos sentem oposição aos EUA crescer

DA REDAÇÃO

O americano Alan Blau, 60, membro do conselho da American Society, organização que presta assistência a americanos recém-chegados ao Brasil, é outro que atribui o crescimento da oposição aos EUA ao estilo de Bush.
O consultor empresarial, que mora há 30 anos no Brasil, afirma, contudo, que as manifestações só ganharam força porque os brasileiros sentiram que não estavam sozinhos. "O Brasil viu que o "mundo" também achou prematura uma invasão do Iraque."
Blau diz que seus amigos e os empresários com quem convive, que demonstraram uma grande solidariedade após o 11 de Setembro, hoje vêem os EUA com ressalvas. "Não houve uma grande mudança no tratamento para com os americanos, mas ouço em muitas conversas uma oposição muito mais forte, ouço que Bush está cometendo um grande erro."
Até mesmo a ativista Traci Romine, 40, no Brasil há nove anos, sentiu "um certo distanciamento" por parte dos brasileiros pelo fato de ser americana. Coordenadora de campanhas da Greenpeace Brasil, esteve nas marchas pela paz em Porto Alegre e São Paulo e afirma ter se sentido incomodada com manifestações mais extremas de oposição aos EUA.
"Vejo pessoas com camisetas dizendo "Bin Laden é melhor do que qualquer americano" e penso: "Não dá para generalizar tanto assim". Se elas conversassem com americanos, veriam que muitos não concordam com Bush. Eu não sou meu passaporte." (MB)


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