São Paulo, terça-feira, 02 de março de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil não mandará tropas agora

ANA FLOR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Brasil não deve enviar tropas para integrar a força internacional no Haiti antes de três meses, tempo previsto para a fase de restauração da paz no país. Segundo o Itamaraty, o tipo de ajuda que o Brasil prestará não está claro, mas é provável que se concentre na manutenção da paz, com o envio de soldados ou policiais.
O chanceler Celso Amorim conversou, no final de semana, com o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell. Os dois discutiram a crise no Haiti e uma possível participação do Brasil no restabelecimento da ordem no país.
Um dos pontos defendido por Amorim é que o Brasil tenha um papel de liderança na eventual segunda etapa, de estabilização.
No domingo à noite, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que determina o envio imediato de uma força multinacional interina. O envio de soldados foi um pedido do presidente interino do Haiti, Boniface Alexandre.
O Chile prometeu enviar tropas ainda nesta primeira fase. Assim como o Brasil, o Chile ocupa hoje cadeira temporária no Conselho de Segurança da ONU. O Brasil reivindica um posto permanente no CS. A participação em forças multinacionais é vista como um dos pré-requisitos para tal pleito.
O Ministério da Defesa tem participado do planejamento da ajuda brasileira. Uma mudança de planos só deve ocorrer caso a situação no Haiti se agrave.


Texto Anterior: Aristide chega à África e acusa os EUA de seqüestro
Próximo Texto: Eleição nos EUA: Kerry espera confirmar candidatura hoje
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.