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Brasil não mandará tropas agora
ANA FLOR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil não deve enviar tropas
para integrar a força internacional
no Haiti antes de três meses, tempo previsto para a fase de restauração da paz no país. Segundo o
Itamaraty, o tipo de ajuda que o
Brasil prestará não está claro, mas
é provável que se concentre na
manutenção da paz, com o envio
de soldados ou policiais.
O chanceler Celso Amorim conversou, no final de semana, com o
secretário de Estado norte-americano, Colin Powell. Os dois discutiram a crise no Haiti e uma possível participação do Brasil no restabelecimento da ordem no país.
Um dos pontos defendido por
Amorim é que o Brasil tenha um
papel de liderança na eventual segunda etapa, de estabilização.
No domingo à noite, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que
determina o envio imediato de
uma força multinacional interina.
O envio de soldados foi um pedido do presidente interino do Haiti, Boniface Alexandre.
O Chile prometeu enviar tropas
ainda nesta primeira fase. Assim
como o Brasil, o Chile ocupa hoje
cadeira temporária no Conselho
de Segurança da ONU. O Brasil
reivindica um posto permanente
no CS. A participação em forças
multinacionais é vista como um
dos pré-requisitos para tal pleito.
O Ministério da Defesa tem participado do planejamento da ajuda brasileira. Uma mudança de
planos só deve ocorrer caso a situação no Haiti se agrave.
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