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JULGAMENTO
Colaboracionista é julgado por crime de guerra
Papon se diz tratado
como "monstro"
das agências internacionais
Maurice Papon, 87, ex-funcionário do governo de Vichy acusado de crimes contra a humanidade, disse ontem ter sido tratado como "um monstro" pela
promotoria e responsabilizou a
acusação pela morte de sua mulher, durante o processo.
A decisão sobre o caso era esperada ontem em Bordeaux
(oeste da França). O júri se reuniu para determinar a sentença.
Os jurados discutiram mais de
700 questões a respeito de judeus deportados para a Alemanha. Além disso, decidiriam se
Papon esteve envolvido na detenção e na morte de judeus durante o regime colaboracionista
francês ou se eles foram vítimas
do genocídio nazista.
Em caso de condenação, o tribunal deve pronunciar uma pena única que pode ir desde a prisão perpétua até a um mínimo
de dois anos de prisão.
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