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CHILE
Ex-ditador não tem condições de se defender, alega advogado
General diz que Pinochet "está mal" e tem pouco tempo de vida
das agências internacionais
Augusto Pinochet tem pouco
tempo de vida, afirma o general
Luis Cortés Villas, um militar próximo ao ex-ditador chileno.
"Está mal, e o terrível é que não
acreditam", afirmou à revista semanal chilena "Ercilla".
Segundo o general, o diabetes
do qual sofre Pinochet está em
um nível "muito difícil". Também
sofreu outros derrames cerebrais,
afirmou Cortés. "Sua vida está se
apagando a cada dia."
A Corte de Apelações de Santiago deve decidir nesta semana se
retira do ex-ditador a imunidade
política da qual goza por ser senador vitalício, permitindo que seja
julgado. Há mais de 90 ações na
Justiça do país, acusando-o de crimes contra os direitos humanos
durante seu governo (1973-1990).
Hoje, a corte deve decidir se ordena novos exames médicos para
o general, como pede a defesa. O
único motivo pelo qual Pinochet
poderia deixar de ser julgado, segundo a legislação chilena, seria a
constatação de demência.
Ricardo Rivadeneira, advogado
de Pinochet, disse à corte que seu
cliente não está em condições de
preparar ou dirigir a sua defesa,
devido ao seu estado de saúde.
O juiz Juan Guzmán, que centraliza as ações, afirmou que há
suspeitas fundamentadas sobre a
responsabilidade do ex-general
no fuzilamento de 74 presos políticos em outubro de 73. As mortes
teriam ocorrido sob suas ordens,
sendo executadas pela chamada
"caravana da morte", grupo de
oficiais que percorria o país matando dissidentes.
Segundo seus familiares, o general está deprimido. "Sou quem
está dividindo o país", disse o ex-general, segundo Cortés.
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