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UM GAROTO EM DISPUTA
Para líder cubano, menino é "refém" dos EUA
Americanos seduzem o pai de Elián a não voltar, afirma Fidel
das agências internacionais
O ditador cubano, Fidel Castro,
acusou lideranças norte-americanas, incluindo a primeira-dama
Hillary Clinton, de tentar seduzir
o pai do náufrago Elián González
para que peça asilo aos EUA.
Fidel dedicou grande parte de
seu tradicional discurso na comemoração do 1º de Maio a Elián
González, que afirma estar sendo
mantido "refém" nos EUA. O ato
reuniu milhares de pessoas na
praça da Revolução.
"Onde está a ética dos líderes
políticos? Estão todos trabalhando com o mesmo objetivo: garantir que o garoto nunca volte a Cuba e, assim, conseguir dar um golpe moral contra o povo heróico e
orgulhoso que produziu Juan Miguel e Elián", afirmou.
Elián e seu pai, Juan Miguel
González, aguardam nos EUA decisão judicial sobre a custódia do
garoto, reivindicada por seu tio-avô Lázaro González.
O garoto, que sobreviveu ao
naufrágio da embarcação que o
levava aos EUA, foi encontrado
na costa da Flórida em novembro.
Ele passou cinco meses na casa de
Lázaro em Miami, até ser retirado
à força pela polícia e entregue a
seu pai na Semana Santa.
Fidel expressou dúvidas sobre a
conclusão do caso. "O risco de
que o tribunal decida que o garoto
tem direito a asilo é real. Que segurança tem o pai de que o encontro com seu filho é definitivo? Nenhuma."
Fidel falou com Juan Miguel,
usando um telefone celular, em
frente à multidão. "Ele envia uma
saudação especial a todo nosso
povo", afirmou, sob aplausos.
Retrato mostrando Elián abraçando seu pai foi transformado
em cartaz e espalhado pela praça.
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